Nesta sexta-feira, o par USD/CAD recua após atingir ontem uma máxima de três semanas, próxima de 1,3775. No momento, o preço é negociado ligeiramente abaixo de 1,3730, com uma queda diária modesta de cerca de 0,15%. Esse movimento sugere uma ausência de forte pressão vendedora.
Apesar dos comentários dovish do governador do Federal Reserve, Christopher Waller — que manifestou apoio a um possível corte de juros em julho — o cenário para o dólar americano segue moderadamente positivo. As declarações provocaram apenas um leve recuo na moeda norte-americana nesta sessão. 
Ainda assim, é pouco provável que o dólar americano sofra um enfraquecimento significativo, já que o Federal Reserve pode manter os juros elevados por mais tempo, diante das persistentes preocupações com a inflação.
Um fator-chave é a incerteza geopolítica e comercial: o anúncio de Donald Trump sobre a aplicação de uma tarifa de 35% às importações do Canadá a partir de 1º de agosto — com possibilidade de aumento caso o país retalie — está pressionando o dólar canadense. Além disso, a introdução de tarifas de 50% sobre o cobre dos EUA pode limitar ainda mais o potencial de valorização do loonie (apelido da moeda canadense), o que, indiretamente, sustenta o par USD/CAD. 
Os preços do petróleo seguem em alta após uma recuperação recente. Normalmente, ganhos em commodities favorecem o dólar canadense, dada sua forte correlação com o setor de recursos naturais. No entanto, as limitações no potencial de alta do petróleo, aliadas aos riscos comerciais, podem reduzir esse efeito.
Hoje, oportunidades de negociação mais claras podem surgir com a divulgação de dados econômicos dos EUA: sentimento do consumidor e expectativas de inflação preliminares da Universidade de Michigan, além de indicadores do setor imobiliário. O sentimento geral de risco continua favorável ao dólar americano, o que contribui para sua força moderada.
No geral, o par USD/CAD registra ganhos modestos pela segunda semana consecutiva, influenciado por fatores macroeconômicos internos e riscos geopolíticos.
Do ponto de vista técnico, o Índice de Força Relativa (RSI) permanece em território positivo, confirmando a perspectiva de alta. Se o par se mantiver acima do nível-chave de 1,3700, há uma forte probabilidade de rompimento da próxima resistência em 1,3760. Uma quebra acima desse patamar abriria caminho para o nível psicológico de 1,3800, seguido pela resistência em 1,3861 e, posteriormente, pelo alvo em 1,3900.
Por outro lado, o nível de 1,3700 atua como suporte imediato, seguido por 1,3678. Uma quebra abaixo dessa região poderia enfraquecer significativamente o par e levar a uma correção mais profunda.
