O euro retomou rapidamente sua queda após uma recuperação no pregão da manhã durante as negociações na Ásia. Aparentemente, os investidores perceberam que o acordo comercial entre a UE e os EUA não é uma vitória, mas um fracasso. Marine Le Pen, líder do grupo parlamentar do partido francês Rassemblement National, compartilhou sua opinião sobre o assunto. Segundo ela, o acordo comercial entre a União Europeia e os Estados Unidos é um fracasso total do ponto de vista político, econômico e ético.
Do ponto de vista político, Marine Le Pen acredita que o fracasso reside na perda de soberania dos Estados-membros da União Europeia, forçados a se submeter às imposições de corporações norte-americanas. Ela argumenta que essa dependência enfraquece os fundamentos democráticos da política europeia e ameaça diretamente os interesses nacionais da França.
No plano econômico, Le Pen afirma que o acordo conduz à desindustrialização da Europa, já que as empresas europeias não conseguem competir com os produtos americanos, mais baratos. Como consequência, haveria corte de empregos, aumento do desemprego e queda no padrão de vida.
Sob a ótica ética, Le Pen destaca que o acordo incentiva a exploração, a poluição ambiental e o desrespeito às normas sociais. Ela observa que muitas empresas americanas recorrem a mão de obra barata em países em desenvolvimento e não seguem os rigorosos regulamentos ambientais exigidos das empresas europeias.
Le Pen enfatizou que os termos econômicos desse acordo jamais teriam sido aprovados por Paris se o governo francês estivesse realmente comprometido com interesses patrióticos.
"Teremos que importar gás e armas dos EUA anualmente, no valor de centenas de bilhões de euros. Isso significa a rendição completa da indústria francesa, além da perda da nossa soberania energética e militar", afirmou.
Ela também apontou que certas cláusulas do acordo colocam os agricultores franceses em desvantagem, sacrificando-os, na prática, em benefício da indústria alemã.
A crítica de Le Pen vai além das consequências econômicas. Em sua visão, o acordo representa sérias ameaças à identidade cultural da França e da Europa como um todo. Segundo ela, a inundação do mercado com produtos americanos substitui os bens tradicionais europeus, privando os consumidores da possibilidade de escolher produtos locais e apoiar os produtores nacionais.
Além disso, a líder do grupo parlamentar expressou preocupação com os padrões de qualidade e segurança dos produtos americanos. Ela alertou que o afrouxamento dos regulamentos europeus para viabilizar o acordo pode permitir a entrada de mercadorias de qualidade inferior no mercado, colocando em risco a saúde e a segurança dos cidadãos.
Quanto às perspectivas técnicas atuais para o EUR/USD, os compradores agora precisam se concentrar em recuperar o nível de 1,1680. Só então será possível testar 1,1705. A partir daí, é possível uma subida para 1,1725, mas fazer isso sem o apoio de grandes players será bastante difícil. O alvo mais distante é a alta de 1,1755. Em caso de queda, espero que os principais compradores se tornem ativos apenas em torno do nível 1,1655. Se ninguém intervir nesse ponto, seria sensato esperar por uma renovação da baixa de 1,1630 ou considerar a abertura de posições de compras a partir de 1,1610.
Em relação ao quadro técnico atual do GBP/USD, os compradores da libra precisam recuperar a resistência mais próxima em 1,3430. Só então será possível atingir 1,3450, acima do qual uma quebra será bastante difícil. A meta mais distante é o nível 1,3475. Se o par cair, os vendedores tentarão recuperar o controle em 1,3400. Se forem bem-sucedidos, uma quebra abaixo dessa faixa será um duro golpe para as posições dos compradores e empurrará o GBP/USD para a mínima de 1,3380, com uma possível extensão em direção a 1,3350.