A Reserva Federal deve manter inalteradas as atuais configurações de política monetária na reunião de hoje, o que reduz consideravelmente as expectativas em torno da decisão. Não está prevista nenhuma atualização das principais projeções econômicas ou do gráfico de pontos do Fed para o encontro de julho, o que significa que Jerome Powell será a única fonte potencial de novas informações.
Ainda assim, as expectativas em relação aos comentários de Powell também são modestas. Como apontado em análises anteriores, a inflação só começou recentemente a reagir às tarifas impostas por Donald Trump. Por isso, as primeiras conclusões relevantes sobre o impacto da nova política comercial dos EUA na inflação provavelmente só surgirão no outono. A próxima reunião do Fed está marcada para 17 de setembro, e até lá serão divulgados dois relatórios de inflação. Assim, caso o FOMC decida retomar o ciclo de cortes de juros, isso dificilmente ocorrerá antes de setembro.
O mercado entende bem esse cenário. A verdadeira dúvida é se ainda faz sentido esperar dois cortes até o fim do ano. Após a reunião de hoje, restarão apenas mais três encontros agendados do Fed em 2025. Para que as projeções atuais do mercado se confirmem, os cortes precisariam ocorrer em dois desses três encontros. Mas qual é a probabilidade de isso acontecer?
Na minha opinião, a probabilidade de um afrouxamento inferior a 50 pontos-base é maior do que a de um corte de 50 pontos-base ou mais. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA tem subido nos últimos meses, e Donald Trump conseguiu elevar tarifas mesmo enquanto firmava acordos comerciais. Por isso, acredito que os acordos comerciais existentes — e os que ainda poderão ser firmados — não impedirão o CPI de continuar subindo.
Também é importante destacar que a contenção da inflação não parece ser uma prioridade para Donald Trump. Assim, é pouco provável que o presidente adote medidas para controlar uma nova alta dos preços. Essa responsabilidade deverá recair, mais uma vez, sobre o Federal Reserve — enquanto ainda tiver margem para atuar. No próximo ano, esse cenário pode mudar caso Jerome Powell seja substituído.
Diante desse contexto, acredito que veremos, no máximo, uma rodada de afrouxamento até o fim do ano — o que, na minha avaliação, tende a ser positivo para o dólar americano.
Estrutura de onda do EUR/USD
Com base na minha análise do EUR/USD, o par continua formando um segmento ascendente dentro da tendência de alta. A estrutura das ondas segue totalmente dependente das notícias relacionadas às decisões de Trump e à política externa dos EUA. Os alvos da tendência podem se estender até a região de 1,25.
Dessa forma, continuo favorecendo oportunidades de compra, com alvos próximos a 1,1875 — nível que corresponde à extensão de 161,8% de Fibonacci — e acima. Nos próximos dias, a onda 4 pode ser concluída, o que reforça a recomendação de buscar novas oportunidades de compra ainda esta semana, acompanhando de perto os desdobramentos no noticiário.
Estrutura de onda do GBP/USD
A estrutura de ondas do GBP/USD permanece inalterada, e o mercado está atualmente em uma fase de impulso de alta. Soba gestão de Donald Trump, os mercados podem enfrentar muitos outros choques e reversões que podem impactar significativamente o padrão de ondas. Por enquanto, no entanto, o cenário atual permanece intacto. O alvo para o segmento de alta da tendência está próximo de 1,4017. No momento, está se desenrolando uma sequência de ondas corretivas como parte da onda 4. A teoria clássica das ondas sugere que essa sequência deve consistir em três ondas, e atualmente estamos observando o desenvolvimento da onda C.
Princípios fundamentais da minha análise:
- As estruturas das ondas devem ser simples e fáceis de interpretar. Padrões complexos são difíceis de negociar e muitas vezes propensos a mudanças.
- Se não houver confiança na situação do mercado, é melhor não operar.
- Nunca pode haver certeza absoluta na direção do mercado. Sempre use ordens Stop Loss de proteção.
- A análise de ondas pode ser combinada com outras formas de análise e estratégias de negociação.