O cenário de notícias para a libra esterlina nesta semana promete ser mais movimentado do que para o euro.
A principal diferença é que o Banco da Inglaterra será o último dos "três grandes" bancos centrais a realizar sua reunião nesta semana. Surpreendentemente, o mercado acredita que o banco central britânico pode estar prestes a cortar a taxa de juros em mais 25 pontos-base — lembrando que o BoE já realizou dois cortes no primeiro semestre do ano.
Nos últimos meses, a inflação no Reino Unido aumentou significativamente, o que levanta dúvidas quanto à disposição do banco em iniciar uma nova rodada de afrouxamento monetário. Em um de seus discursos recentes, Andrew Bailey questionou a necessidade de um novo corte em breve, reiterando que a estabilidade de preços continua sendo o principal objetivo da instituição. Também é importante destacar que, na última reunião, três membros do Comitê de Política Monetária votaram a favor do corte, enquanto seis se opuseram. Assim, se apenas dois membros migrarem de uma postura mais rígida para uma mais acomodatícia, poderemos ver a terceira redução de juros neste ano.
Uma nova rodada de flexibilização no Reino Unido pode exercer pressão sobre a libra. No entanto, a atual estrutura de ondas, a política de Donald Trump e o desempenho recente da economia dos EUA sugerem que o par GBP/USD ainda tem potencial de alta. Vale lembrar também que, até o fim do ano, a Reserva Federal pode igualar o BoE em número de cortes, especialmente se os dados do mercado de trabalho continuarem fracos, forçando o FOMC a reduzir os juros. Nesse contexto, a posição do dólar também permanece incerta.
Diante de todos esses fatores, considero a valorização da libra ao longo desta semana o cenário mais provável. Além disso, foi observada uma estrutura corretiva de três ondas para a moeda britânica, sinalizando a possível formação de uma nova sequência de ondas impulsivas. Naturalmente, qualquer estrutura pode ser alterada por eventos inesperados, mas, por ora, tudo parece tecnicamente claro e consistente.
Cenário de ondas para o EUR/USD
Com base na análise do EUR/USD, concluo que o par continua formando um segmento de tendência de alta. A estrutura de ondas permanece totalmente dependente do cenário de notícias, especialmente relacionadas às decisões de Trump e à política externa dos Estados Unidos. Os alvos para esse segmento de tendência podem se estender até a região de 1,25. Portanto, sigo considerando oportunidades de compra com objetivos em torno de 1,1875, que corresponde ao nível de 161,8% de Fibonacci, e até mais acima. Presumivelmente, a onda 4 já foi concluída. Sendo assim, este é um bom momento para compras.
Cenário de ondas para o GBP/USD:
O cenário de ondas para o GBP/USD permanece inalterado. Estamos lidando com um segmento de tendência de alta, de caráter impulsivo. Sob a presidência de Donald Trump, os mercados ainda podem enfrentar muitos choques e reversões, o que pode afetar significativamente o padrão de ondas, mas, até o momento, o cenário base segue válido.
Os alvos para o segmento de alta da tendência estão agora situados em torno de 1,4017. Atualmente, presumo que a construção da onda corretiva 4 foi concluída. Portanto, espero a retomada da sequência de ondas de alta e estou considerando posições compradas.
Princípios fundamentais da minha análise:
- As estruturas de onda devem ser simples e claras. Estruturas complexas são difíceis de negociar e, muitas vezes, propensas a mudanças.
- Se você não tiver certeza do que está acontecendo no mercado, é melhor não entrar.
- A certeza absoluta da direção do mercado não existe e não pode existir. Sempre use ordens de proteção Stop Loss.
- A análise de ondas pode ser combinada com outros tipos de análise e estratégias de negociação.