Na terça-feira, o dólar recebeu sua primeira boa notícia em semanas. O mercado parecia já ter esquecido que Donald Trump havia assinado, com habilidade, acordos comerciais com o Japão e a União Europeia, enquanto, ao mesmo tempo, introduziu e aumentou dezenas de outras tarifas. No fim das contas, o efeito negativo voltou a superar o positivo.
A prorrogação do "período de negociações" com a China, na prática, não representa nem uma boa nem uma má notícia para o dólar. Essencialmente, os dois lados concordaram em continuar conversando sem aumentar tarifas. Não houve tempo suficiente para concluir um grande acordo comercial (afinal, trata-se das duas maiores economias do mundo) e, para evitar a escalada das tensões, Pequim e Washington decidiram suspender novas tarifas pelos próximos 90 dias, enquanto as tratativas prosseguem.
Nesse cenário, acredito que os maiores beneficiados sejam os consumidores americanos, já que os produtos vindos da China poderiam ter sofrido um aumento de até 54% — última taxa de tarifa proposta por Trump contra Pequim. Por ora, essa tarifa está suspensa devido à trégua temporária, mas poderá ser aplicada após o prazo de 90 dias.
Vale lembrar que qualquer trégua ou acordo com Trump não garante que o presidente americano deixará de fazer novas exigências no futuro. Nesta semana, a Casa Branca já sinalizou que Trump está seriamente considerando aumentar tarifas sobre a China como punição pela compra de recursos energéticos russos. Quem exatamente ele estaria punindo nesse caso não está totalmente claro. Ainda assim, uma reunião com o presidente russo Vladimir Putin está agendada para 15 de agosto, o que alimenta a esperança de que, pelo menos até sexta-feira, nenhuma nova tarifa seja anunciada.
A partir daqui, tudo dependerá de duas coisas: do sucesso das negociações entre os líderes dos EUA e da Rússia e de a Kyiv concordar com os termos propostos. Tenho poucas dúvidas de que os presidentes da Rússia e dos EUA irão negociar entre si sem se preocupar muito com o futuro da Ucrânia. No entanto, agora é crucial parar o conflito a qualquer custo, algo que Trump vem prometendo ao mundo desde o ano passado. Primeiro, o conflito precisa acabar e as pessoas precisam deixar de morrer, e só então uma rodada mais ampla de negociações envolvendo todas as partes do conflito poderá ser realizada.
Padrão de onda para o EUR/USD
Com base na minha análise do EUR/USD, concluo que o par continua formando um segmento de tendência de alta. A estrutura de ondas ainda depende inteiramente do pano de fundo noticioso relacionado às decisões de Trump e à política externa dos Estados Unidos. As metas para este segmento de tendência podem se estender até a região de 1,25. Portanto, sigo considerando posições de compra com alvos em torno de 1,1875 (correspondente ao nível de 161,8% de Fibonacci) e acima. Presumo que a formação da onda 4 tenha sido concluída, o que torna este, na minha avaliação, um bom momento para compras.
Padrão de onda para o GBP/USD
O padrão de ondas do GBP/USD permanece inalterado, caracterizado por um segmento de tendência de alta e de natureza impulsiva. Sob o governo Trump, os mercados podem enfrentar diversos choques e reversões, o que poderia impactar significativamente a estrutura de ondas. No entanto, no momento, o cenário-base segue intacto. As metas para o segmento de alta estão atualmente próximas de 1,4017. Presumo que a formação da onda 4 de baixa tenha sido concluída, e, portanto, espero que a sequência de ondas de alta continue, mantendo posições de compra com alvo em 1,4017.
Princípios fundamentais da minha análise
- As estruturas de ondas devem ser simples e claras. Estruturas complexas são difíceis de negociar e frequentemente sujeitas a alterações.
- Se não houver confiança no que está acontecendo no mercado, é melhor permanecer fora dele.
- Nunca há 100% de certeza sobre a direção do movimento. Lembre-se sempre de utilizar ordens de Stop Loss para proteção.
- A análise de ondas pode ser combinada com outros tipos de análise e estratégias de negociação.