Dinâmica intradiária dos principais índices acionários: Dow Jones -0,02%, S&P 500 +0,03%, Nasdaq -0,01%. As ações da Intel avançam com a notícia de uma possível recompra pelo governo. O Índice de Preços ao Produtor (PPI) de julho subiu mais do que o esperado, levando os mercados a reduzir as expectativas de cortes de juros pelo Fed em 2025. O Nikkei retomou ganhos após o PIB japonês superar as previsões. Deere e Tapestry destacaram tensões relacionadas às tarifas dos EUA.
Wall Street fecha o dia mista
Na quinta-feira, o mercado de ações dos EUA apresentou desempenho misto: o S&P 500 fechou em nova máxima histórica, enquanto o Dow Jones e o Nasdaq ficaram praticamente inalterados. Os investidores reagiram aos novos dados de preços ao produtor, que vieram acima das previsões e reduziram a probabilidade de um corte iminente na taxa de juros.
Inflação em alta
Segundo o Departamento do Trabalho dos EUA, os preços ao produtor em julho registraram seu maior crescimento anual em três anos. Esse aumento foi impulsionado por um forte avanço nos custos de bens e serviços, sinalizando potencial pressão inflacionária adicional.
Fechamento do mercado:
- Dow Jones Industrial Average: queda de 11,01 pontos, ou 0,02%, para 44.911,26;
- S&P 500: alta de 1,96 pontos, ou 0,03%, para 6.468,54 — novo fechamento histórico;
- Nasdaq Composite: queda de 2,47 pontos, ou 0,01%, para 21.710,67.
Pressão sobre o mercado de ações
Sete dos onze setores do S&P 500 fecharam a quinta-feira em baixa. Dados recentes mostrando um mercado de trabalho fraco e crescimento moderado nos preços ao consumidor haviam reforçado expectativas de que o Federal Reserve poderia cortar juros já no próximo mês. Contudo, os últimos números do preço ao produtor lembraram os investidores de que as tarifas de importação dos EUA podem começar a impactar os preços de bens e frear o crescimento do mercado de ações — o mesmo rali que levou o S&P 500 e o Nasdaq a máximas históricas nos dois dias anteriores.
Intel em foco
As ações da Intel Corp. subiram 7,4% após a Bloomberg noticiar que a administração de Donald Trump estaria considerando a compra de uma participação na empresa. Segundo fontes próximas ao assunto, negociações entre o governo dos EUA e a fabricante de chips poderiam resultar em participação estatal na gigante de tecnologia.
Cisco sem surpresas
As ações da Cisco Systems caíram 1,6%. Apesar de apresentar resultados trimestrais em grande parte alinhados às expectativas dos analistas, a empresa não conseguiu provocar reação significativa dos investidores.
Deere e Tapestry decepcionam
As ações da Deere & Co. caíram 6,8% após reportar lucro trimestral menor e reduzir suas projeções para o ano. As ações da Tapestry tiveram queda ainda mais acentuada — 15,7% — depois que a dona da marca Coach afirmou esperar lucro anual abaixo das previsões do mercado.
Novas máximas e volume de negociação leve
Durante a sessão, o S&P 500 registrou 15 novas máximas de 52 semanas e uma mínima. O Nasdaq Composite registrou 78 novas máximas e o mesmo número de mínimas. O volume de negociação nas bolsas dos EUA ficou abaixo da média, com 16,3 bilhões de ações negociadas, contra a média de 20 dias de 18,3 bilhões.
Ásia reage aos dados dos EUA
Os mercados acionários asiáticos fecharam mistos enquanto os investidores avaliavam os próximos movimentos dos bancos centrais globais após o salto inesperado no índice de preços ao produtor dos EUA, que reacendeu temores inflacionários.
O índice MSCI Ásia-Pacífico ex-Japão caiu 0,2% após o Bureau of Labor Statistics dos EUA informar que o índice de preços ao produtor subiu 0,9% mês a mês em julho — bem acima das expectativas dos analistas.
Reavaliação das expectativas sobre o Fed
Os fortes dados de preços ao produtor reduziram as esperanças do mercado de um corte rápido na taxa de juros em setembro pelo Federal Reserve, já que uma política excessivamente frouxa poderia alimentar ainda mais a pressão inflacionária.
Dólar e Nikkei divergem
Após a divulgação dos dados dos EUA, o índice do dólar — que mede o dólar frente a uma cesta de moedas principais — recuperou algum terreno, mas ainda terminou 0,2% em baixa, aos 98,026. No Japão, o Nikkei 225 subiu 1,6%, aproximando-se de uma nova máxima histórica.
O avanço veio após a maior queda desde abril na quarta-feira, que encerrou um rali de seis dias. Dados recentes mostraram que a economia japonesa cresceu 1,0% ano a ano no segundo trimestre, superando as previsões. Nos mercados cambiais, o dólar caiu 0,5% frente ao iene, a 147,09.
Movimentos regionais mistos
O S&P/ASX 200 da Austrália subiu 0,7%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong caiu 1,1%. O CSI 300 da China continental avançou 0,8% após dados fracos de vendas no varejo e produção industrial em julho, alimentando especulações sobre medidas de estímulo iminentes. Os mercados indiano e sul-coreano estavam fechados por feriados nacionais.
Mercado cripto se estabiliza
Após um recuo acentuado da nova máxima histórica do Bitcoin na quinta-feira, de US$ 124.480,82, os ativos digitais conseguiram se estabilizar. O nível psicológico chave não foi rompido, e, ao final do pregão, o Bitcoin avançava 0,8% e o Ether ganhava 1,7%.
Petróleo recua antes da reunião de líderes
Nos mercados de commodities, o Brent caiu 0,3%, a US$ 66,63 o barril. Os investidores aguardam a próxima reunião entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, marcada para ocorrer no Alasca.
Ouro oscila com expectativas de juros
Os preços do ouro recuaram ligeiramente enquanto os traders avaliavam as tendências das taxas de juros reais, que normalmente se movem inversamente ao preço do metal precioso. O ouro à vista subiu 0,3%, a US$ 3.343,94 por onça.
Europa abre em alta
No início das negociações europeias, os futuros paneuropeus avançavam 0,5%, com os futuros do DAX alemão e do FTSE britânico também subindo 0,5%.