Os volumes de negociação do euro, no entanto, permanecem abaixo da média — o mesmo acontece com os futuros de energia. Isso indica cautela no mercado: não há sinais ocultos de temores latentes, mas pode estar em curso uma preparação para outro tipo de rompimento. Se o corte de juros do Fed em setembro já estiver precificado, a reação pode ser de queda na divulgação efetiva da notícia. Embora a reunião do Fed ainda esteja a um mês, o "ensaio" para esse movimento pode vir já com o discurso de Jerome Powell no simpósio de Jackson Hole, em 22 de agosto.
Ao observarmos o euro sem o componente do dólar, nota-se uma alta nos rendimentos dos títulos governamentais europeus, enquanto os dos EUA seguem estáveis. Ontem, o rendimento dos títulos alemães de 5 anos subiu de 2,278% para 2,336%. Essa pressão nos investidores alemães começou em 6 de agosto, quando a taxa estava em 2,216%. O rendimento dos títulos do Reino Unido de 5 anos também avançou no mesmo período, de 3,961% para 4,127%. O mesmo padrão se repete nos títulos franceses. Uma genuína inquietação está se formando na Europa, o que aumenta a probabilidade de o euro (e a libra) recuarem após o corte de juros do Fed.
No gráfico de quatro horas, o preço consolidou-se abaixo da linha MACD, enquanto o oscilador Marlin já está firmemente em território baixista. Os primeiros sinais de nova queda já foram confirmados.