O Bitcoin continua perdendo terreno, atualmente sendo negociado a US$ 112.500, enquanto o Ethereum voltou ao nível de US$ 4.000, claramente com o objetivo de ultrapassá-lo.
Uma forte liquidação nas ações e índices dos EUA também arrastou o mercado de criptomoedas. Temendo novas quedas, investidores começaram a se desfazer em massa de ativos de risco, incluindo criptoativos. O gatilho inicial para a onda vendedora foi a preocupação com a manutenção da postura restritiva do Federal Reserve em relação às taxas de juros. Os recentes dados de inflação obrigam o Fed a adotar medidas monetárias mais rigorosas, o que afeta negativamente as perspectivas de crescimento econômico e, consequentemente, a atratividade de ativos de risco.
A pressão aumentou ainda mais com os balanços corporativos de várias grandes empresas, que ficaram abaixo das expectativas dos analistas e impactaram os mercados acionários norte-americanos. Como observado recentemente, o mercado de criptomoedas está fortemente correlacionado ao de ações, de modo que a queda nos ativos digitais não surpreende.
Enquanto os mercados corrigem, surge um dado interessante: atualmente, cerca de 6,38% do Bitcoin em circulação está concentrado em ETFs de Bitcoin, enquanto os ETFs de Ethereum detêm aproximadamente 5,08% da oferta total de ETH. Se o ritmo atual de crescimento persistir, até setembro a participação do ETH em ETFs poderá superar a do Bitcoin.
À primeira vista, isso pode parecer um detalhe menor, mas levanta questões importantes sobre a dinâmica de oferta e demanda nos mercados de criptoativos. A fatia crescente de ETH em ETFs indica maior interesse institucional no Ethereum e em seu potencial como plataforma para aplicações descentralizadas e projetos DeFi. O impacto dos ETFs sobre o preço do ativo subjacente não deve ser subestimado. A entrada de capital nesses fundos cria demanda adicional, capaz de impulsionar significativamente os preços — a valorização superior a 70% do Ethereum nos últimos meses é um reflexo claro desse efeito.
No caso do Ethereum, ultrapassar a participação do ETF do Bitcoin dificilmente indica uma mudança na percepção dos investidores institucionais sobre a criptomoeda dominante. Mais provavelmente, reflete um impulso especulativo, com investidores buscando capturar ganhos de um ativo que, até recentemente, ainda era considerado subvalorizado.
É importante lembrar que o mercado de criptomoedas continua volátil e sujeito a múltiplos fatores. Condições macroeconômicas, avanços regulatórios e inovações tecnológicas podem impactar significativamente os preços tanto do Bitcoin quanto do Ethereum. Portanto, apesar das tendências positivas, os investidores devem manter cautela e tomar decisões equilibradas, fundamentadas em uma análise criteriosa do mercado.
Recomendações de negociação
Bitcoin
Atualmente, os compradores têm como meta uma recuperação para US$ 114.100, o que abriria caminho para US$ 116.000 e, em seguida, US$ 117.500. O alvo mais distante é a área de US$ 119.300, cuja quebra confirmaria um maior impulso de alta. No lado negativo, espera-se que os compradores surjam em torno de US$ 113.200. Um retorno abaixo dessa zona poderia rapidamente arrastar o BTC para US$ 110.600, com o alvo final em US$ 108.500.
Ethereum
Uma sólida consolidação acima de US$ 4.237 abriria caminho para US$ 4.376. A meta final é US$ 4.545, com um rompimento sinalizando um sentimento de alta mais forte e um renovado interesse dos compradores. No lado negativo, os compradores são esperados perto de US$ 4.077. Um retorno abaixo dessa área poderia puxar a ETH para US$ 3.941, com um alvo final em US$ 3.827.
O que podemos ver no gráfico
- As linhas vermelhas representam os níveis de suporte e resistência, onde se espera que o preço pare ou reaja bruscamente.
- A linha verde mostra a média móvel de 50 dias.
- A linha azul é a média móvel de 100 dias.
- A linha verde-limão é a média móvel de 200 dias.
O teste de preços ou o cruzamento de qualquer uma dessas médias móveis geralmente interrompe o movimento ou injeta um novo impulso no mercado.
