Na terça-feira, durante a sessão asiática, o par USD/CAD tentou atrair compradores, mas não obteve sucesso diante de sinais fundamentais mistos. Ainda assim, o preço à vista permanece confortavelmente acima da média móvel simples (SMA) de 100 dias.
Os dados fracos do mercado de trabalho canadense divulgados na sexta-feira reforçaram as expectativas de que o Banco do Canadá deve cortar os juros em 25 pontos-base na reunião marcada para 17 de setembro. Naturalmente, isso pressiona o dólar canadense e funciona como um dos principais fatores de sustentação para o par.
Ao mesmo tempo, a modesta recuperação dos preços do petróleo limitou o potencial de queda da moeda canadense, tradicionalmente atrelada às commodities.
No entanto, o dólar americano também segue pressionado, atingindo o menor nível desde 24 de julho em meio à expectativa de uma flexibilização monetária mais agressiva por parte do Federal Reserve. Após o decepcionante relatório das golhas de pagamentos não-agrícolas (Nonfarm Payrolls), os traders passaram a precificar a possibilidade de um corte significativo de juros já na próxima reunião do FOMC, também em 17 de setembro. Esse cenário enfraquece o dólar americano e restringe o potencial de alta do USD/CAD.
Além disso, o sentimento positivo em relação ao risco no mercado segue minando a atratividade do dólar como porto seguro. Dessa forma, quem aposta na alta do USD/CAD deve manter cautela. Para melhores oportunidades de negociação, vale aguardar a divulgação do Índice de Preços ao Produtor (PPI) na quarta-feira e do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) nos EUA na quinta-feira.
Do ponto de vista técnico, os osciladores diários seguem positivos. As cotações estão acima da média móvel exponencial (EMA) de 9 dias e da SMA de 100 dias. Se os preços permanecerem acima do nível psicológico de 1,3800, o próximo alvo estará em 1,3850. Já uma queda abaixo de 1,3800 encontra suporte imediato na SMA de 100 dias; caso esse nível seja rompido, a fraqueza pode expor o suporte psicológico de 1,3700.
A tabela abaixo apresenta a variação percentual do dólar americano frente às principais moedas nos últimos sete dias.
O dólar americano tem demonstrado maior força em relação ao dólar canadense.
