No gráfico horário, o par GBP/USD na terça-feira se recuperou do nível de retração de Fibonacci de 100,0% – 1,3587, virou a favor da moeda americana e começou uma queda em direção ao nível de Fibonacci de 76,4% – 1,3482. Hoje, o par está preso entre dois níveis importantes, portanto, a formação de novos sinais dependerá da direção que o preço tomar durante o dia.
A situação das ondas segue apontando para o lado altista. A última onda de baixa rompeu dois fundos anteriores, enquanto a nova onda de alta superou os dois últimos topos. Assim, pode-se considerar que uma nova tendência de alta está se formando após mais de dois meses de predominância baixista. Essa fase, no entanto, mostrou-se fraca, já que o noticiário, na maior parte do tempo, não favorecia os ursos.
Na terça-feira, os traders operaram sob a influência de um único evento: o relatório anual de Nonfarm Payrolls. Poucos esperavam um resultado positivo, e de fato o número de empregos foi revisado em queda de 911.000 no último ano. Ainda assim, o mercado não reagiu de forma significativa, já que revisões para baixo — como a anterior, de 818.000 — são relativamente comuns. Vale lembrar que o Bureau de Estatísticas de Trabalho dos EUA quase sempre ajusta os relatórios mensais no mês seguinte ou até dois meses depois.
Portanto, a queda no número de empregos não surpreendeu. O que chamou a atenção foi o fortalecimento do dólar durante o dia, por razões pouco claras. Não parece estar ligado aos relatórios de inflação previstos para hoje e amanhã. Muito provavelmente, tratou-se apenas de um recuo corretivo, já que o preço vinha em alta por quatro dias consecutivos antes da terça-feira. Nesse caso, o movimento ascendente pode ser retomado ainda nesta semana.
No gráfico de 4 horas, o par passou a favorecer a libra e se consolidou acima da zona de 1,3378–1,3435. Assim, o movimento de alta pode continuar em direção ao próximo nível de retração de Fibonacci de 127,2% — 1,3795. O padrão gráfico está misto neste momento, com os traders movendo o par em ambas as direções. No momento, eu recomendaria prestar mais atenção ao gráfico horário. Não há divergências emergentes visíveis em nenhum indicador.
Relatório Commitments of Traders (COT):
O sentimento da categoria "Não-comercial" de traders na última semana de referência tornou-se um pouco mais baixista. O número de posições de compras mantidas por especuladores aumentou em 61, enquanto o de posições de vendas subiu em 1.848. A diferença entre posições de compras e vendas agora é de cerca de 76.000 contra 109.000. Ainda assim, a libra mantém viés de alta e os traders continuam comprando.
Na minha avaliação, a libra ainda tem espaço para cair. O pano de fundo para o dólar foi bastante desfavorável nos seis primeiros meses do ano, mas começa a dar sinais de melhora. As tensões comerciais estão diminuindo, acordos relevantes vêm sendo firmados e a economia dos EUA tende a se recuperar no segundo trimestre graças às tarifas e aos investimentos internos. Por outro lado, as perspectivas de flexibilização monetária do Fed para o segundo semestre já exercem forte pressão sobre o dólar, em meio ao enfraquecimento do mercado de trabalho e ao avanço do desemprego. Por isso, ainda não vejo fundamentos para o surgimento de uma "tendência do dólar".
Calendário de notícias para os EUA e Reino Unido:
- EUA – Índice de Preços ao Produtor (09h30 Brasil- 13h30 Portugal).
No dia 10 de setembro, o calendário econômico traz apenas um evento. O impacto do noticiário sobre o sentimento do mercado na quarta-feira pode ser limitado.
Previsão e recomendações de negociação para GBP/USD:
A venda do par foi possível ontem após o recuo de 1,3587 no gráfico de 1 hora, com alvo em 1,3482. Não tenho certeza de que a queda continuará, por isso é melhor mover o Stop Loss para o ponto de equilíbrio. Hoje, a compra é possível em um recuo a partir de 1,3482 ou em um fechamento acima da zona de 1,3611–1,3620.
As grades de Fibonacci estão construídas de 1,3586–1,3139 no gráfico de 1 hora e de 1,3431–1,2104 no gráfico de 4 horas.