Nas análises anteriores, concluí que o destino dos dois principais pares depende, em grande medida, do fluxo de notícias vindas dos Estados Unidos. E não se trata apenas dos eventos listados nos calendários clássicos do mercado de câmbio, mas também dos desdobramentos envolvendo o confronto entre Trump e o Fed, a guerra comercial e a resolução do conflito na Ucrânia. Porém, até o momento, esses acontecimentos não têm exercido impacto direto significativo no mercado de FX.
O evento-chave da semana será a reunião do Federal Reserve (Fed), mesmo que a decisão já esteja precificada. Ninguém no mercado duvida que a taxa de juros será reduzida em 25 pontos-base pela primeira vez desde o ano passado. No entanto, a fraqueza do mercado de trabalho tem intensificado as expectativas dovish entre os traders, e há boas razões para isto. De acordo com a ferramenta CME FedWatch, que estima a probabilidade de alterações nas taxas de juros dos EUA pelo Fed, a probabilidade de três cortes de juros até o fim do ano é de 74%. Isto reflete o receio do mercado diante de um possível "resfriamento" ainda mais forte do mercado de trabalho, esperando uma ação decisiva do banco central norte-americano. Na minha visão, ainda é incerto como o Fed lidará com a inflação, que provavelmente tende a subir caso ocorram três cortes. Mas é exatamente isso que Jerome Powell deverá esclarecer.
Powell pode sinalizar duas rodadas de afrouxamento, cenário que os formuladores do FOMC já vêm discutindo há algum tempo. Isso indicaria que o Fed continua atento ao mercado de trabalho, sem abrir mão do controle da inflação. O cenário alternativo seria Powell enfatizar a fraqueza do mercado de trabalho, o que o mercado poderia interpretar como um sinal de três cortes até o fim do ano. Quanto a 2026, permanece uma incógnita, já que ninguém sabe ainda qual será a composição do FOMC e como isso influenciará a política monetária.
Em suma, três cortes nas taxas dariam ao mercado um novo motivo para reduzir a demanda pelo dólar americano, exatamente o que se espera de acordo com a contagem atual. Indícios de apenas duas rodadas de flexibilização poderiam permitir que o dólar permanecesse na mesma faixa em que foi negociado nos últimos meses.
Panorama de onda para o EUR/USD
Com base na minha análise, o EUR/USD segue desenvolvendo seu segmento de tendência de alta. A estrutura da onda ainda depende inteiramente do fluxo de notícias sobre as decisões de Trump, assim como da política externa e interna da nova administração. O alvo da onda pode atingir a região de 1,25. Considerando o ambiente de notícias consistente, continuo a avaliar posições longas, com foco em níveis próximos de 1,1875 (nível de Fibonacci de 161,8%) e acima.
Panorama de onda para o GBP/USD
Com base na minha análise, o EUR/USD segue desenvolvendo seu segmento de tendência de alta. A estrutura da onda ainda depende inteiramente do fluxo de notícias sobre as decisões de Trump, assim como da política externa e interna da nova administração. O alvo da onda pode atingir a região de 1,25. Considerando o ambiente de notícias consistente, continuo a avaliar posições longas, com foco em níveis próximos de 1,1875 (nível de Fibonacci de 161,8%) e acima.
Meus princípios analíticos fundamentais:
- As estruturas das ondas devem ser simples e claras. Estruturas complexas são mais difíceis de negociar e tendem a mudar.
- Se você não estiver confiante sobre a situação do mercado, é melhor ficar fora.
- Nunca há 100% de certeza na direção do mercado. Não negligencie as ordens de Stop Loss de proteção.
- A análise de ondas pode ser combinada com outras formas de análise e estratégias de negociação.