Hoje, os preços do ouro estão registrando uma correção em relação ao recorde atingido na terça-feira, em meio a uma recuperação moderada do dólar americano.
O dólar dos EUA interrompeu sua trajetória de queda à medida que os mercados se reposicionam antes da importante decisão do FOMC sobre juros, exercendo leve pressão sobre o ouro. Como resultado, o metal encerrou sua sequência de três dias de alta, após atingir uma nova máxima histórica, embora o potencial de queda continue limitado.
Os investidores acreditam que a Reserva Federal retomará o ciclo de cortes de juros, com duas reduções esperadas ainda este ano. Essa perspectiva restringe um fortalecimento adicional do dólar americano e sustenta o ouro, mantendo-o próximo das máximas históricas.
Além disso, os riscos geopolíticos decorrentes da escalada do conflito entre Rússia e Ucrânia e das tensões no Oriente Médio contribuem para limitar as perdas do metal precioso, tradicionalmente considerado um ativo de refúgio, exigindo cautela por parte dos vendedores do XAU/USD.
Do ponto de vista técnico, o Índice de Força Relativa (RSI) no gráfico diário encontra-se em território de sobrecompra, estimulando realização de lucros. Ainda assim, o movimento corretivo pode ser interpretado como uma oportunidade de compra próxima ao nível de 3.658. Uma queda abaixo desse patamar, levando o preço a perder 3.630, pode conduzir o ouro para a região de 3.612–3.600.
Essa zona representa uma base sólida; caso haja quebra, o caminho ficará aberto para perdas mais profundas em direção aos suportes de 3.578–3.565–3.540, com possível teste do nível psicológico de 3.500.
Por outro lado, os compradores (touros) devem aguardar um crescimento sustentado e uma ruptura firme acima do nível redondo de 3.700 antes de abrir posições visando a continuidade da tendência de alta.
