No gráfico horário, o par GBP/USD formou na quarta-feira uma nova reversão em favor do dólar norte-americano e se consolidou abaixo do nível de 76,4% de Fibonacci em 1,3482, testando a zona de suporte de 1,3416–1,3425. Um rebote a partir dessa zona favoreceu a libra e levou a um crescimento em direção a 1,3482. Uma consolidação acima desse nível aumentará a probabilidade de continuação do movimento de alta em direção ao próximo nível corretivo de 100,0% em 1,3587.
A situação das ondas tornou-se baixista, de forma repentina e inesperada. A última onda de alta conseguiu romper a máxima anterior, mas a mais recente onda de baixa superou facilmente o fundo precedente. O cenário das notícias foi, em grande parte, neutro para a libra na semana passada, mas os acontecimentos de quinta e sexta-feira mudaram esse quadro. Ainda assim, como o cenário negativo já estava precificado, surge a dúvida: em que os ursos irão se apoiar para manter a pressão?
Na quarta-feira, não havia sinais de ameaça significativa para a libra, mas o discurso de Andrew Bailey mais uma vez impediu o início de uma recuperação consistente. Vale lembrar que, na semana anterior, dificuldades na elaboração do orçamento do próximo ano geraram uma onda de críticas à Ministra da Fazenda, Rachel Reeves, já alvo frequente do mercado por sua condução das questões fiscais.
Nesta semana, a libra ensaiava recuperação por dois dias até que o presidente do Banco da Inglaterra afirmou que o afrouxamento monetário poderia prosseguir, mesmo com a inflação ainda elevada. Segundo Bailey, a tendência de desaceleração da inflação abriria espaço para mais flexibilização. Na minha visão, ele não sinalizou explicitamente cortes de juros em 2025, mas muitos traders interpretaram dessa forma, o que voltou a pressionar a libra.
Nos últimos dias, os fatores se alinharam a favor do dólar, mas sigo acreditando que o pano de fundo geral para a moeda americana permanece altamente desfavorável.
No gráfico de 4 horas, o par se reverteu em favor do dólar norte-americano após a formação de uma divergência "baixista" no indicador CCI e após as reuniões do Banco da Inglaterra e do Fed. A queda continua em direção à zona de suporte de 1,3378–1,3435. Um rebote a partir dessa zona favoreceria a libra e algum crescimento do par. Uma consolidação abaixo dessa zona apoiaria a continuação da queda em direção ao nível corretivo de 76,4% em 1,3118.
Relatório de Compromisso dos Traders (COT):
O sentimento da categoria de traders "Não-Comerciais" ficou acentuadamente mais otimista na última semana de divulgação. O número de posições de compras abertas por especuladores aumentou em 5.947, enquanto as posições de vendas caíram em 21.078. A diferença entre posições de compras e vendas agora está em cerca de 80.000 contra 87.000. Os traders altistas estão, mais uma vez, inclinando a balança a seu favor.
Na minha avaliação, porém, a libra ainda enfrenta perspectivas de queda. O pano de fundo para o dólar norte-americano foi bastante negativo nos primeiros seis meses do ano, mas vem melhorando gradualmente. As tensões comerciais estão diminuindo, grandes acordos vêm sendo firmados e a economia dos EUA deve se recuperar no segundo trimestre, apoiada pelas tarifas e por diversos investimentos. Ao mesmo tempo, as expectativas de afrouxamento monetário pelo Fed na segunda metade do ano continuam a exercer forte pressão sobre o dólar, já que o mercado de trabalho norte-americano dá sinais de enfraquecimento e o desemprego segue em alta. Portanto, ainda não vejo fundamentos sólidos para uma tendência baixista.
Calendário de notícias para os EUA e o Reino Unido:
- EUA – Variação nas encomendas de bens duráveis (09h30 horário de Brasilia - 13h30 Portugal).
- EUA – Variação do PIB do 2º trimestre (09h30 horário de Brasilia - 13h30 Portugal).
- EUA – Variação nos pedidos iniciais de seguro-desemprego (09h30 horário de Brasilia - 13h30 Portugal).
- EUA – Vendas de casas existentes (11h00 horário de Brasília - 15h00 Portugal).
No dia 25 de setembro, o calendário econômico inclui quatro eventos, dois dos quais são de grande importância. O impacto do noticiário sobre o sentimento do mercado pode ser bastante forte na segunda metade do dia.
Previsão e dicas de negociação para o GBP/USD:
As vendas do par foram possíveis após o fechamento abaixo de 1,3482 no gráfico horário, com alvo na zona de 1,3416–1,3425. Esse alvo foi alcançado. Novas vendas são possíveis em um recuo a partir de 1,3482 ou após o fechamento abaixo de 1,3416–1,3425. Compras podem ser consideradas em um recuo a partir da zona de 1,3416–1,3425, com alvos em 1,3482 e 1,3587.
As grades de Fibonacci são formadas de 1,3586–1,3139 no gráfico horário e de 1,3431–1,2104 no gráfico de 4 horas.
