A moeda europeia caiu na última semana; no entanto, segue atraindo demanda entre os participantes do mercado de forma geral. A maioria dos economistas acredita que, até o fim do ano, o euro ultrapassará a barreira psicológica de US$ 1,20. Concordo plenamente com essa visão. Na verdade, espero que a moeda europeia negocie até mesmo acima de US$ 1,22 no período. Mas não vamos nos precipitar.
Como já destaquei em análises anteriores desta semana, a queda do euro foi, em certa medida, um acidente. Diversos fatores coincidiram: a fraqueza da libra, um relatório forte do PIB dos EUA, declarações de Jerome Powell que não foram suficientemente dovish e a interpretação baixista que o mercado fez da combinação desses eventos. Ainda assim, os gráficos mostram que a moeda única não sofreu uma queda significativa. O que observamos é a formação de mais uma onda corretiva dentro da tendência de alta em andamento. Portanto, tudo segue conforme o esperado. O padrão de ondas da libra foi interrompido; o do euro, não.
Na nova semana, como de costume, o noticiário dos EUA terá o maior peso, especialmente devido às divulgações sobre o mercado de trabalho e a taxa de desemprego. Contudo, o fluxo de notícias europeu também merece atenção — em particular, os relatórios de inflação de setembro. Os economistas projetam uma alta para 2,3% em termos anuais, uma aceleração significativa. Vale lembrar que Christine Lagarde tem reiterado que a inflação na Europa pode aumentar nos próximos meses, mas ainda não detalhou como o BCE pretende reagir a esse cenário.
O Banco Central Europeu reduziu sua taxa para um "mínimo neutro", o que significa que, se a inflação subir, isso indicará que a flexibilização monetária pode ter ocorrido de forma prematura. Para o euro, notícias desse tipo seriam positivas. Além disso, a Alemanha publicará uma série relevante de indicadores: vendas no varejo, taxa e variação do desemprego, inflação e índices finais de atividade empresarial de setembro. Também vale acompanhar o próximo discurso de Lagarde, que poderá trazer uma avaliação atualizada sobre a inflação.
Assim, embora os dados dos EUA continuem sendo o principal motor do mercado, os indicadores europeus também poderão influenciar os movimentos do EUR/USD.
Padrão de Ondas do EUR/USD:
Com base na minha análise do EUR/USD, concluo que o instrumento continua formando uma seção de alta da tendência. O padrão de ondas ainda depende inteiramente do cenário de notícias ligado às decisões de Trump, bem como da política interna e externa da nova administração da Casa Branca. Os alvos da seção atual da tendência podem se estender até a região de 1,25.
No momento, o instrumento está em queda dentro da onda corretiva 4, enquanto a estrutura geral de onda de alta permanece válida. Assim, estou considerando apenas posições compradas no curto prazo. Até o fim do ano, espero que o euro suba para 1,2245, o que corresponde a 200,0% na escala de Fibonacci.
Padrão de Ondas do GBP/USD:
A estrutura de ondas do GBP/USD passou por uma mudança de forma. Ainda estamos lidando com uma seção impulsiva de alta da tendência, mas seu padrão interno de ondas está se tornando menos legível. Se a onda 4 assumir uma forma complexa de três ondas, a estrutura se normalizará; entretanto, mesmo nesse caso, a quarta onda será várias vezes mais complicada e alongada que a onda 2.
Na minha opinião, é melhor trabalhar a partir do nível de 1,3341, que corresponde a 127,2% de Fibonacci. Duas tentativas frustradas de romper esse nível podem indicar a preparação do mercado para novas compras.
Princípios fundamentais da minha análise:
- As estruturas das ondas devem ser simples e claras. Estruturas complexas são difíceis de negociar e mudam frequentemente.
- Se não houver confiança na evolução do mercado, é melhor não entrar.
- Nunca se pode ter 100% de certeza sobre a direção do mercado. Use sempre ordens de Stop Loss de proteção.
- A análise das Ondas de Elliott pode ser combinada com outras formas de análise e estratégias de negociação.
