No gráfico horário, o par GBP/USD manteve seu movimento de alta na quarta-feira. O recuo a partir do nível de retração de 50,0% em 1,3528 favoreceu o dólar americano, levando a uma leve queda com fechamento abaixo do nível de 61,8% de Fibonacci em 1,3482. Assim, o movimento descendente pode continuar em direção a 1,3425 e até ao nível de suporte entre 1,3332–1,3357. Por outro lado, uma consolidação acima de 1,3482 abriria espaço para uma retomada do crescimento rumo a 1,3528 e 1,3574.
A estrutura de ondas segue baixista: a última onda de queda rompeu a mínima anterior, enquanto a atual onda de alta ainda não superou o último topo. O pano de fundo das últimas semanas tem sido negativo para a libra, mas parece já estar precificado pelo mercado. Nesta semana, no entanto, o cenário fundamental pesa mais contra o dólar americano. Para reverter a tendência baixista, o par precisaria subir cerca de 250 pips, embora sinais de uma possível virada para tendência altista possam surgir antes disso.
Na quarta-feira, não houve notícias relevantes para a libra, mas o dólar americano enfrentou sinais mistos. O relatório de empregos da ADP mostrou uma queda de 32.000 vagas, contrariando as expectativas de crescimento entre 40 e 50 mil. Isso reforça a ausência de sinais claros de recuperação do mercado de trabalho após o afrouxamento monetário do Fed em 17 de setembro. É verdade que se passou pouco tempo desde a última reunião do FOMC, mas a realidade é que o mercado de trabalho norte-americano permanece em condições frágeis.
Já o relatório do PMI industrial do ISM trouxe algum alívio, mas ainda foi fraco: o resultado de setembro ficou em 49,1 pontos. Qualquer leitura abaixo de 50 indica contração. Apesar disso, o índice avançou 0,4 ponto em relação a agosto e superou as expectativas em 0,1 ponto. Os ursos (vendedores) se aproveitaram desse quadro, mas ainda carecem de fundamentos sólidos para uma ofensiva mais consistente.
No gráfico horário, o par se recuperou de 1,3339 e virou para cima a favor da libra. A consolidação acima do nível de Fibonacci de 100,0% em 1,3435 aumenta a probabilidade de crescimento contínuo em direção ao nível de retração de 127,2% em 1,3795. Nenhuma divergência emergente é observada em nenhum indicador hoje. Uma nova queda da libra só poderia ser esperada após uma consolidação abaixo de 1,3339.
Relatório de Compromisso dos Traders (COT):
Na última semana de relatório, o sentimento da categoria "Não-comercial" tornou-se mais altista. O número de posições compradas (long) mantidas por especuladores aumentou em 3.704, enquanto as posições vendidas (short) caíram em 912. A diferença entre contratos comprados e vendidos agora está em torno de 85.000 contra 86.000. Os traders otimistas voltam, portanto, a inclinar a balança a seu favor.
Na minha visão, a libra ainda enfrenta perspectivas de queda. No entanto, o dólar americano mostra sinais cada vez mais claros de enfraquecimento. Se antes os traders se preocupavam com as políticas protecionistas de Donald Trump, ainda sem entender plenamente suas consequências, agora começam a lidar com os resultados: risco de recessão, imposição contínua de novas tarifas e o confronto direto de Trump com o Federal Reserve. Como resultado, o banco central pode acabar se tornando politicamente controlado pela Casa Branca. Nesse cenário, a libra parece hoje menos vulnerável que o dólar.
Calendário Econômico dos EUA e Reino Unido:
- EUA – Pedidos Iniciais de Auxílio-Desemprego (12:30 UTC).
- Em 2 de outubro, há apenas um dado de menor relevância para os EUA, de modo que o pano de fundo das notícias não deve afetar significativamente o sentimento do mercado nesta quinta-feira.
Previsão para GBP/USD e Dicas para Traders:
A venda do par foi possível em uma recuperação de 1,3528, com alvos em 1,3482 e 1,3425 no gráfico horário. A compra pode ser considerada hoje em um fechamento acima de 1,3482 ou em uma recuperação de 1,3425, com alvos nos níveis de retração mais próximos.
As grades de Fibonacci são construídas de 1,3332–1,3725 no gráfico horário e de 1,3431–1,2104 no gráfico de 4 horas.