A presidente do Federal Reserve de Dallas, Lorie Logan, afirmou em entrevista ontem que adotará uma abordagem muito cautelosa em relação a futuros cortes de juros enquanto os riscos de inflação continuarem mais significativos do que a ameaça de aumento do desemprego. Ela destacou que observa a inflação acima da meta atual de 2% e acrescentou que espera que as tarifas elevem ainda mais a inflação nos próximos meses, conforme declarou durante uma sessão de perguntas e respostas na Universidade do Texas em Austin na quinta-feira.
Logan explicou também que sua previsão implica um caminho de normalização um pouco mais lento para que a inflação retorne a 2%, e que esse processo levará algum tempo.
A declaração de Logan evidencia a crescente preocupação entre os dirigentes do Fed com a inflação persistentemente elevada, apesar das medidas de política monetária já adotadas. Sua postura cautelosa indica que o banco central não está disposto a apressar cortes nas taxas de juros, mesmo que isso possa desacelerar o crescimento econômico e potencialmente aumentar o desemprego. A posição de Logan reflete a visão de alguns formuladores de política de que a prioridade continua sendo a estabilidade de preços e o alcance da meta de inflação. Cortes adicionais em um cenário de alta inflação poderiam acelerá-la ainda mais, prejudicando a economia e o bem-estar da população.
Por outro lado, alguns especialistas consideram que o Fed está superestimando os riscos inflacionários e subestimando a ameaça de desaceleração econômica. Segundo eles, as medidas atuais já seriam suficientes para conter a inflação, e atrasos adicionais nos cortes de juros podem aumentar o risco de recessão. Por essa razão, após o primeiro corte do ano em setembro, os dirigentes do Fed apresentam opiniões divergentes sobre a velocidade com que devem prosseguir com novas reduções — ou mesmo se devem prosseguir.
Logan indicou que pode não apoiar outro corte na próxima reunião do Fed, marcada para os dias 28 e 29 de outubro. Ela afirmou que a política monetária é, no máximo, moderadamente restritiva, ressaltando que isso é adequado, pois o Fed ainda precisa manter pressão sobre a inflação para reduzi-la. Embora reconheça os riscos para o emprego, destacou que o mercado de trabalho parece, em geral, razoavelmente equilibrado.
Panorama técnico atual do EUR/USD: Os compradores precisam assumir o controle do nível de 1,1745 para que seja possível testar a marca de 1,1790. A partir daí, o par pode avançar até 1,1820, embora isso dependa do apoio dos principais participantes do mercado. O alvo mais distante é o topo em 1,1845. Em caso de queda, espera-se forte atividade compradora na região de 1,1710. Se não houver compradores consistentes nesse ponto, o ideal seria aguardar um novo teste da mínima em 1,1680 ou considerar abrir posições compradas a partir de 1,1650.
Panorama técnico atual do GBP/USD: Os compradores da libra precisam romper a resistência mais próxima em 1,3450. Somente após esse rompimento será possível uma movimentação em direção a 1,3500, sendo que um avanço além desse nível se mostra bastante desafiador. O alvo mais distante situa-se em 1,3555.
Em caso de queda, os vendedores tentarão retomar o controle em 1,3400. Se obtiverem sucesso, um rompimento dessa faixa poderá causar impacto significativo nas posições compradas e empurrar o GBP/USD para a mínima em 1,3365, com possibilidade de extensão até 1,3325.