O euro apresentou um enfraquecimento significativo. Nos últimos tempos, um número crescente de formuladores de política do BCE tem defendido uma abordagem mais cautelosa nas decisões sobre cortes de juros, mas Olli Rehn, membro do Conselho do Banco Central Europeu, não está entre eles.
Ontem, o dirigente alertou para o risco de que o crescimento dos preços ao consumidor desacelere para abaixo da meta de 2%. Ele afirmou que a meta foi basicamente alcançada e que, nesse sentido, a situação está boa no momento. No entanto, acrescentou que, nos próximos dois anos, a inflação pode desacelerar, em parte devido ao fortalecimento do euro e à estabilização dos salários e dos preços dos serviços.
Agora, após oito cortes consecutivos de 0,25 ponto percentual ao longo de um ano, os dirigentes avaliam a necessidade de novo afrouxamento monetário. A maioria parece confortável com uma taxa de depósito em 2%, desde que não ocorram novos choques, enquanto outros defendem que cortes adicionais não devem ser descartados.
Isso evidencia a complexidade da tarefa enfrentada pelo banco central. Por um lado, a economia mostra sinais de desaceleração, o que justificaria estímulos adicionais. Por outro, um afrouxamento excessivo poderia gerar efeitos indesejáveis, como inflação acima do ideal e formação de bolhas nos mercados financeiros. A decisão dependerá de diversos fatores, incluindo a evolução da economia nos próximos meses, os riscos globais e a reação dos mercados às medidas já implementadas. Os dirigentes provavelmente acompanharão de perto os dados de emprego, inflação e consumo para definir a trajetória futura da política monetária.
Rehn acrescentou que o BCE está monitorando atentamente as tendências de médio prazo. Segundo ele, há uma enorme incerteza no ar, impulsionada tanto pelas tensões geopolíticas quanto pela instabilidade gerada pela guerra comercial. Por isso, as decisões são tomadas em cada reunião com base nos dados e análises mais recentes, guiadas por um julgamento coletivo. Ele observou que, em tempos como este, a política monetária é tanto uma arte quanto uma ciência.
Na segunda-feira, a presidente Christine Lagarde afirmou que o BCE está em uma posição favorável: o crescimento dos preços ao consumidor está próximo da meta de 2% e há algum impulso positivo subjacente na economia. Outros membros, incluindo o economista-chefe Philip Lane, também evitaram dar respostas claras quanto aos próximos passos do banco central.
Economistas acreditam que novos cortes de juros são improváveis, já que a inflação está atualmente próxima da meta e deve atingir 1,9% em 2027, após uma queda temporária abaixo desse nível no próximo ano.
No cenário técnico atual do EUR/USD, os compradores precisam se concentrar em recuperar o nível de 1,1650. Apenas esse movimento permitiria um avanço em direção ao teste de 1,1680. A partir daí, uma alta até 1,1715 se torna possível, embora alcançar esse nível sem o apoio dos grandes players seja difícil. O alvo mais distante seria a máxima em 1,1745. Caso o instrumento recue, é esperada uma forte atividade compradora por volta de 1,1610. Se não houver demanda nesse ponto, o mais prudente será aguardar um novo teste da mínima em 1,1570 ou considerar posições compradas a partir de 1,1530.
Quanto ao GBP/USD, os compradores da libra precisam romper a resistência mais próxima em 1,3405. Só então será possível mirar em 1,3450, cuja superação tende a ser difícil. O alvo mais distante seria o nível de 1,3490. Em caso de queda, os vendedores (ursos) tentarão retomar o controle em 1,3365. Se tiverem sucesso, a quebra dessa faixa representará um golpe significativo para as posições compradas e poderá empurrar o par para a mínima de 1,3325, com perspectiva de atingir 1,3280.