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FX.co ★ EUR/USD: Previsão para a semana. FOMC, BCE, APEC

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Forex Analysis:::2025-10-27T13:15:21

EUR/USD: Previsão para a semana. FOMC, BCE, APEC

A próxima semana promete ser agitada, com três eventos importantes. Primeiro, há a reunião do Federal Reserve, cujos resultados serão anunciados na quarta-feira, 29 de outubro. Em segundo lugar, a reunião de outubro do Banco Central Europeu ocorrerá no dia seguinte, 30 de outubro. Por fim, a cúpula da APEC será realizada na Coreia do Sul.

EUR/USD: Previsão para a semana. FOMC, BCE, APEC

Esses três pilares formarão a agenda informativa da semana, enquanto todos os outros fatores fundamentais terão um papel secundário para os negociadores do par EUR/USD.

FOMC

O Federal Reserve deve cortar as taxas de juros em 25 pontos-base em sua reunião de outubro,— e há poucas dúvidas quanto a isso, considerando a retórica recente de Jerome Powell e de outros membros do Fed. Além disso, o relatório do CPI divulgado recentemente, que apontou uma desaceleração da inflação subjacente nos Estados Unidos, reforça ainda mais essa expectativa.

De acordo com a ferramenta CME FedWatch, a probabilidade de um corte de 25 pontos-base na reunião de outubro é de 98,5%. Tal nível de confiança indica que o corte já está totalmente precificado pelo mercado, o que significa que os resultados formais da reunião provavelmente terão impacto limitado sobre os ativos de risco. A principal incerteza agora recai sobre o ritmo futuro do afrouxamento monetário.

Por exemplo, o mercado atribui 91% de probabilidade a outro corte de 25 pontos-base em dezembro, conforme precificação atual. Essa visão também é apoiada por uma pesquisa recente da Reuters, na qual 115 dos 117 economistas consultados esperam um corte em outubro, e 83 preveem um novo ajuste em dezembro.

Qualquer hesitação do Fed em sinalizar um corte adicional em dezembro poderá ser interpretada como positiva para o dólar americano.

Entretanto, o Fed enfrenta o desafio de tomar decisões em meio a um vácuo informativo, consequência do shutdown do governo em andamento. O banco central dispõe apenas de um conjunto limitado de dados, incluindo o já citado relatório do CPI, os índices PMI (que superaram as expectativas e permaneceram na zona de expansão) e o relatório da ADP, que mostrou uma redução de 30 mil empregos no setor privado.

É provável que Jerome Powell reafirme os pontos apresentados em sua última coletiva de imprensa, enfatizando que o Fed está agora mais atento aos riscos de enfraquecimento do mercado de trabalho, mas que novos cortes dependerão dos dados futuros — que, por ora, permanecem incompletos.

O mercado poderá interpretar essa postura como ligeiramente hawkish, já que Powell não deve sinalizar abertamente outra rodada de cortes em dezembro.

BCE

Não há intriga aqui. Após sua reunião de outubro, o Banco Central Europeu quase certamente manterá as taxas de juros nos níveis atuais e confirmará uma posição de espera. Como mencionado recentemente por um dos representantes do BCE — o chefe interino do banco central esloveno, Primoz Dolenc — "não há razões para mudar as taxas nos próximos meses." Segundo ele, o banco central manterá uma posição de espera no futuro previsível "a menos que novos choques econômicos ocorram." Muitos outros representantes do BCE expressaram opiniões semelhantes, indicando que o cenário básico do banco central permanece o de manter o status quo.

Deixe-me lembrar que, de acordo com os dados mais recentes, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) geral da Alemanha em setembro subiu para 2,4% na comparação anual — seu nível mais alto desde dezembro passado (o indicador registrou crescimento por dois meses consecutivos). O Índice Harmonizado também acelerou para 2,4% na comparação anual — seu nível mais alto desde fevereiro deste ano. O IPC geral da Zona do Euro subiu para 2,2% na comparação anual, enquanto a inflação subjacente permaneceu inalterada em 2,3%. Isso indica que a inflação na Zona do Euro está acima da meta do BCE, permitindo que o banco central mantenha uma pausa nas próximas reuniões.

Se o banco central seguir o cenário base, o mais esperado, é provável que o mercado ignore a reunião de outubro, especialmente devido à próxima cúpula da APEC — o evento mais importante da semana.

APEC

No dia 30 de outubro, terá início a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), na Coreia do Sul, onde está prevista uma reunião entre Donald Trump e o presidente chinês Xi Jinping. O encontro é de grande relevância, especialmente diante das tensões crescentes entre os Estados Unidos e a China.

Antes da cúpula, ambos os lados trocaram "tiros de aviso": a China anunciou novos controles de exportação sobre metais de terras raras, com entrada em vigor em 1º de dezembro, enquanto os EUA impuseram tarifas adicionais de 100% sobre produtos chineses, com início em 1º de novembro. Assim, os resultados da reunião poderão evoluir em dois caminhos opostos — escalada ou desescalada das tensões comerciais.

Durante uma coletiva de imprensa na Malásia, Donald Trump expressou confiança de que Washington e Pequim poderiam alcançar um "bom acordo" durante as negociações. No entanto, muitos analistas duvidam que a reunião na Coreia do Sul produza avanços significativos.

Fontes da Reuters envolvidas na preparação da visita não descartam a possibilidade de que as negociações presenciais terminem sem resultados concretos, com os líderes dos EUA e da China limitando-se a declarações genéricas, sem passos efetivos em direção à desescalada.

Nesse cenário, o dólar americano pode enfrentar forte pressão de venda nos mercados globais, inclusive em relação ao euro. Por outro lado, se Trump e Xi Jinping adotarem medidas mútuas de alívio das tensões comerciais, é provável que a demanda pela moeda americana volte a aumentar.

Análise técnica

Do ponto de vista técnico, o par EUR/USD, no gráfico diário (D1), permanece posicionado entre as linhas média e inferior das Bandas de Bollinger e abaixo de todas as linhas do indicador Ichimoku, incluindo a nuvem Kumo. Essa configuração reforça a prioridade para posições vendidas, especialmente considerando que os compradores não conseguiram romper a resistência temporária em 1,1650, nível que coincide tanto com a linha média das Bandas de Bollinger quanto com a borda inferior da nuvem Kumo.

Entretanto, vale destacar que o par tem se mantido dentro da faixa de 1,1560–1,1730 nas últimas três semanas, com a borda inferior correspondendo à linha inferior das Bandas de Bollinger no D1 e a borda superior alinhada à linha Tenkan-sen no gráfico semanal (W1). Todos os movimentos de alta e baixa nesse período ocorreram dentro desse corredor de preços. Se os compradores não conseguirem romper a resistência em 1,1650, os vendedores provavelmente retomarão a iniciativa, embora a região de 1,1560 deva limitar o potencial de queda.

Em minha avaliação, os traders de EUR/USD devem permanecer cautelosos nos próximos dias, ao menos até a divulgação dos resultados da reunião do FOMC de outubro. Até lá, o par tende a oscilar dentro da ampla faixa de 1,1560–1,1730, reagindo de forma impulsiva a indicadores secundários, como os índices IFO e o índice de confiança do consumidor dos EUA, enquanto aguarda os eventos-chave da semana, que deverão definir a direção predominante do movimento dos preços.

Analyst InstaForex
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