
A noite de domingo trouxe muitos motivos para os participantes do mercado comemorarem (e um leve entusiasmo): os futuros dos EUA estão subindo novamente, prolongando o impulso positivo da semana anterior. Os investidores estão animados com as esperanças de um corte iminente nas taxas de juros e sinais positivos das negociações comerciais entre os EUA e a China.
Índices disparam
Os futuros do S&P 500 subiram 0,7% no final do domingo, alcançando 6.873,75 pontos.Os futuros do Nasdaq 100 tiveram desempenho ainda mais forte, com alta de 0,9%, encerrando a sessão em 25.726,75 pontos. Já os futuros do Dow Jones acompanharam o movimento, avançando 0,6%, para 47.676 pontos. Na sexta-feira, todos os principais índices de Wall Street — Dow Jones Industrial Average, S&P 500 e Nasdaq Composite — fecharam em novas máximas históricas. O Dow subiu 1%, o S&P 500 avançou 0,8%, e o Nasdaq brilhou com alta de 1,2%. Para os mercados, foi um dia marcado por conquistas recordes e pela consolidação do sentimento positivo entre os investidores.
Dados de inflação aliviam preocupações
O sentimento dos investidores se fortaleceu após novos dados econômicos surpreenderem positivamente: a alta nos preços ao consumidor dos EUA em setembro foi mais modesta do que o esperado.
Como resultado, os participantes do mercado estão quase certos de que o Federal Reserve cortará as taxas de juros em 25 pontos-base na reunião de dois dias que se encerrará em 29 de outubro de 2024.
Os mercados, no entanto, olham para o futuro com cautela, antecipando "apenas um pouco mais" de afrouxamento monetário. O ING projeta um novo corte de 25 pontos em dezembro, seguido por uma redução adicional de 50 pontos no início de 2026.
Progresso EUA–China na guerra comercial
Durante o fim de semana, os mercados receberam mais uma dose de boas notícias: Washington e Pequim anunciaram um "entendimento básico" sobre questões-chave durante a cúpula da ASEAN em Kuala Lumpur.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, declarou com satisfação que novas ameaças tarifárias estão suspensas e que a China não está, no momento, impondo restrições às exportações de elementos de terras raras. À frente está a reunião crucial entre Donald Trump e Xi Jinping, que pode potencialmente selar um acordo de paz comercial.
Em seu estilo característico, Donald Trump afirmou a repórteres que acredita em um acordo com a China.
A reação do mercado foi imediata: os investidores passaram a imaginar o fim do longo drama tarifário, e os ativos de risco em todo o mundo já se preparam para celebrar uma nova fase de estabilidade.

Foco nos gigantes da tecnologia: "Magnificent Seven" sob os holofotes
Contudo, a celebração da vida macroeconômica não termina por aí. Nesta semana, cinco dos "Magnificent Seven" — os gigantes tecnológicos norte-americanos — divulgarão seus resultados. Microsoft, Meta, e Alphabet apresentarão seus números na quarta-feira, seguidos por Apple e Amazon na quinta. Entre os temas em pauta estarão investimentos em inteligência artificial, demanda por serviços em nuvem e, certamente, tendências de comportamento e consumo.
Nikkei renova máxima histórica
Enquanto os Estados Unidos se preparam para outro rali, a bolsa japonesa já está em plena arrancada: o índice Nikkei 225 subiu 2.54%, marcando um novo recorde histórico. Lideram o movimento as ações da Kawasaki Heavy Industries (+9,02%, 12.630,00 pontos), Fujikura Ltd. (+7,98%, 19.355,00) e SoftBank Group Corp. (+6,66%, 25.470,00). O número de ações em alta (2.755) supera amplamente aquelas em queda (881).
Entre os desempenhos negativos estão Shin-Etsu Chemical Co. (-3,67%, 4.725,00), Chugai Pharmaceutical (+2,13%, 6.787,00) e SUMCO Corp. (-1,85%, 1.672,50). Enquanto isso, o índice de volatilidade Nikkei recuou 7,22%, para 25,44 — um claro sinal de que os traders não esperam turbulências por ora.
WTI, Brent e ouro mostram personalidade
Os mercados de commodities também se movimentam: os Futuros do petróleo bruto WTI fpara dezembro avançaram 0,50%, a US$ 61,81 por barril, enquanto o Brent para janeiro ganhou 0,48%, para US$ 65,51. Já o ouro resolveu dar um passo atrás — os contratos de dezembro recuaram 1,09%, para US$ 4.092,55 por onça-troy.
USD/JPY avança levemente
No Forex, o par USD/JPY sobe de forma simbólica, +0,05% (152,94), e o euro contra o iene também registra alta de 0,05% (177,82). O índice do dólar dos EUA (DXY) recuou ligeiramente, -0,04%, para 98,71.
Os traders encaram uma semana extremamente dinâmica pela frente. Com expectativas de cortes de juros pelo Fed e uma possível trégua comercial entre Estados Unidos e China, vale atenção especial aos futuros e às ações sensíveis a esses eventos.
Sinais técnicos e relatórios fundamentais da Magnificent Seven oferecem diversos pontos interessantes de entrada (e saída) no setor de tecnologia. Além disso, o mercado japonês merece o radar: Kawasaki Heavy Industries, Fujikura e SoftBank Group podem manter o movimento positivo em meio às máximas históricas. E não esqueça: acompanhe de perto as movimentações do petróleo e das moedas.