
Primeiramente, vale destacar que a demanda pela libra esterlina aumentou na quinta-feira. Nas últimas três semanas, a moeda vinha apenas caindo, mas agora mostra sinais de recuperação. Talvez o Banco da Inglaterra (BoE) tenha tomado uma decisão mais "agressiva" ou sugerido uma manutenção prolongada da taxa de juros em seu nível atual. O que mais poderia justificar essa reação, após três semanas consecutivas de queda em meio a um cenário noticioso tão contraditório?
À primeira vista, os resultados da reunião do BoE deixam uma sensação de ambiguidade. A libra, que recentemente reagia negativamente a qualquer fator — chegando a cair até mesmo diante dos comentários de Rachel Reeves sobre a necessidade de aumentar impostos no Reino Unido para evitar um déficit orçamentário — subiu diante de resultados aparentemente mais "dovish" do que o esperado pela maioria dos participantes do mercado.
A taxa de juros, como mencionado, permaneceu inalterada em 4%, mas o resultado da votação do Comitê de Política Monetária (MPC) trouxe uma surpresa dovish: quatro membros, e não três, apoiaram uma nova rodada de afrouxamento monetário. Como o comitê tem nove integrantes, bastaria um voto adicional para aprovar um corte na taxa — o que mostra quão perto o BoE esteve de flexibilizar sua política.
O apoio a uma política mais branda foi sustentado, em parte, pela fraqueza do mercado de trabalho britânico. Embora a situação não seja tão crítica quanto a dos Estados Unidos, o Reino Unido também enfrenta dificuldades estruturais. Sua economia tem mostrado baixo dinamismo nos últimos dez anos, e nem mesmo um acordo comercial favorável com Donald Trump foi capaz de mudar esse quadro. Assim, o BoE tem fundamentos para afrouxar a política monetária — mas surge a pergunta: e a inflação?
O índice de preços ao consumidor (CPI) está atualmente em 3,8%, e muitos economistas apontaram, em outubro, uma "desaceleração" no ritmo de alta, já que o número permaneceu estável em relação ao mês anterior. Pessoalmente, não vejo motivo para celebração: uma inflação de 3,8% estagnada ainda é alta. Onde está, afinal, a desaceleração? É importante notar que a inflação no Reino Unido segue acelerando há mais de um ano, enquanto a meta do BoE parece cada vez mais distante.
Em minha avaliação, o banco central britânico tomou a única decisão possível neste contexto. No entanto, fica a questão: como lidar com os quatro "pombos" dentro do comitê, e com a crescente divisão entre prudência e estímulo dentro do próprio BoE?
Panorama da onda para o EUR/USD:
Com base na análise atual do EUR/USD, concluo que o par continua a desenvolver um segmento ascendente da tendência. No momento, o mercado parece estar em uma fase de consolidação, mas as políticas de Donald Trump e do Federal Reserve continuam sendo fatores relevantes que podem favorecer uma futura desvalorização do dólar americano.
As metas para o segmento de tendência atual podem atingir a região de 1,25. Atualmente, observamos a formação da onda corretiva 4, que apresenta uma estrutura complexa e prolongada. Portanto, no curto prazo, sigo considerando apenas oportunidades de compra, já que as formações de baixa parecem ser movimentos corretivos dentro da tendência maior. A estrutura mais recente (a–b–c–d–e) pode estar próxima da conclusão ou até já ter sido finalizada.
Panorama da onda para o GBP/USD:
A estrutura de ondas do GBP/USD tornou-se mais complexa. O par continua inserido em um segmento ascendente e impulsivo da tendência, embora a configuração interna das ondas esteja gradualmente se tornando mais elaborada.
A onda 4 está se formando em um padrão de três ondas, cuja duração é consideravelmente maior que a da onda 2. Uma nova estrutura corretiva de baixa parece estar próxima do fim, o que sugere que o movimento principal de alta poderá retomar sua formação em breve, com metas iniciais em torno das regiões de 1,38 e 1,40 — possivelmente já no início de novembro.
Princípios fundamentas da minha análise:
- As estruturas de ondas devem ser simples e compreensíveis. Estruturas complexas são difíceis de negociar e muitas vezes envolvem mudanças.
- Se houver incerteza no comportamento do mercado, é melhor não entrar.
- Nunca haverá 100% de certeza na direção do mercado. Lembre-se sempre de usar ordens de stop loss de proteção.
- A análise de ondas pode ser combinada com outros tipos de análise e estratégias de negociação.

