
O padrão de ondas no gráfico de 4 horas do EUR/USD mudou, mas ainda permanece relativamente claro. Não há sinais de que o segmento de tendência de alta iniciado em janeiro de 2025 tenha sido encerrado; porém, a estrutura de ondas formada desde 1º de julho ficou mais complexa e prolongada. Na minha avaliação, o instrumento está formando a onda corretiva 4, que assumiu uma configuração atípica. Dentro dessa onda observamos apenas estruturas corretivas, o que confirma sua natureza essencialmente corretiva.
Considero que o segmento de tendência de alta ainda não foi concluído e que seus alvos continuam projetados para a região de 1,25. A sequência a-b-c-d-e parece finalizada, o que abre espaço para o desenvolvimento de um novo ciclo de ondas de alta nas próximas semanas. Já houve uma primeira onda de alta, e agora o mercado está construindo uma onda de baixa. Assim, é possível que estejamos observando as ondas 1 e 2 de um novo segmento de tendência. Se essa leitura estiver correta, a onda 2 pode recuar entre 38,2% e 61,8% da onda 1, o que indica que a onda 3 pode se iniciar na região de 1,1541–1,1587.
O EUR/USD caiu 15 pontos-base na quarta-feira, mantendo o mesmo comportamento das últimas sessões — oscilações diárias em torno de 15 pontos dentro de uma faixa muito estreita. Nesta semana, não houve impulso fundamental relevante. Mesmo o relatório de inflação divulgado hoje na Zona do Euro dificilmente pode ser considerado determinante. Antes, tais relatórios tinham grande peso quando o BCE estava em pleno ciclo de afrouxamento monetário. Agora, após várias reuniões seguidas com taxas inalteradas, o impacto diminuiu. A inflação estabilizou perto de 2%, eliminando, por ora, a necessidade de novos aumentos ou cortes.
Há mais de um mês e meio o mercado não recebe os dados que hoje orientam a política monetária — especialmente Folha de Pagamento Não Agrícola e taxa de desemprego. Amanhã, após essa longa lacuna, serão divulgados os números de setembro, mas é difícil prever a reação do mercado. Muitos analistas acreditam que até mesmo um leve resultado acima das expectativas no mercado de trabalho pode reacender a demanda pelo dólar. Pessoalmente, tenho dúvidas: os dados recentes de NFP não foram fortes. O relatório pode, sim, superar as previsões, mas dificilmente será "robusto". Na minha visão, o dólar permanece em uma "zona de risco".

Conclusões gerais
Com base na análise do EUR/USD, concluo que o instrumento continua a desenvolver seu segmento de tendência de alta. Nos últimos meses, o mercado entrou em uma fase de pausa, mas as políticas de Donald Trump e a postura atual do Federal Reserve seguem como fatores relevantes que podem contribuir para uma futura fraqueza do dólar americano. Os alvos projetados para o segmento de alta permanecem próximos ao nível de 1,25. No momento, há sinais de que uma nova sequência de ondas de alta pode estar se iniciando. Espero que a terceira onda dessa sequência — seja a onda c ou a onda 3 — comece na região de 1,1541–1,1587. Assim, nos próximos dias, sigo considerando cenários de compra com objetivos próximos de 1,1740.
Em uma escala mais curta, o segmento de tendência de alta se mantém claramente visível. A estrutura de ondas, embora não perfeitamente simétrica, permanece válida — as ondas corretivas diferem em tamanho, e isso é normal. A onda maior 2, por exemplo, é menor que a onda interna 2 dentro da onda 3, algo que também pode ocorrer em padrões complexos. Reforço que é mais produtivo identificar a estrutura geral do movimento do que tentar encaixar cada pequena oscilação em uma onda específica. No momento, a configuração de alta do instrumento é evidente.
Princípios fundamentais da minha análise:
- As estruturas das ondas devem ser simples e claras. Estruturas complexas são difíceis de interpretar e muitas vezes implicam mudanças.
- Se você não tiver certeza sobre o que está acontecendo no mercado, é melhor não entrar nele.
- Nunca pode haver 100% de certeza quanto à direção do mercado. Sempre use ordens de Stop Loss de proteção.
- A análise de ondas pode ser combinada com outras formas de análise e estratégias de negociação.