
Outra semana de tentativas e dificuldades. Assim pode ser caracterizada a próxima etapa para a moeda europeia. No curto prazo, o EUR/USD formou uma estrutura corretiva de cinco ondas e, teoricamente, poderia ter iniciado a formação de um novo conjunto de ondas de alta há cerca de uma semana. No entanto, em vez do movimento ascendente lógico e esperado, vimos mais uma queda. Como resultado, a suposta onda 2 do novo segmento de tendência agora tem uma forma excessivamente alongada (embora isso ainda não invalide a estrutura atual), e toda a rotulagem pode, mais uma vez, tornar-se mais complexa.
Na perspectiva de longo prazo, há algum tempo parecia que a onda 4 havia sido concluída em agosto, já que apresentava uma configuração clássica de três ondas. No entanto, em vez de terminar, o padrão continuou se complicando.
Não se pode dizer que o contexto fundamental esteja desfavorável ao euro. Na verdade, o mercado frequentemente interpreta os dados de maneira contrária aos interesses da moeda europeia. Mesmo sem considerar fatores macro mais amplos — como a prolongada paralisação do governo dos EUA ou a postura mais branda do FOMC — os indicadores econômicos americanos têm sido suficientemente fracos para pressionar o dólar. Ainda assim, mesmo quando o noticiário favorece um movimento de alta, isso não garante que o euro realmente vá se valorizar.

Entre os eventos econômicos na União Europeia, vale destacar dois discursos da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, além de uma série de relatórios na Alemanha, incluindo dados de vendas no varejo, taxa de desemprego e inflação. No entanto, o número de eventos realmente relevantes é bastante limitado: os discursos de Lagarde já não provocam reação significativa no mercado, e os relatórios alemães, divulgados somente na sexta-feira, não têm peso maior do que os indicadores europeus como um todo.
Assim, o mercado voltará a acompanhar principalmente o contexto noticioso dos Estados Unidos. No entanto, isso também pode gerar movimentos bem diferentes do que muitos esperam. Lembro que o dólar continua se fortalecendo, apesar do aumento das expectativas "dovish" e da alta do desemprego nos EUA.
Cenário de onda para o EUR/USD:
Com base na análise do EUR/USD, concluo que o par continua a formar uma seção de tendência de alta. Nos últimos meses, o mercado passou por uma pausa, mas as políticas de Donald Trump e do Federal Reserve continuam sendo fatores importantes que favorecem a futura desvalorização do dólar americano. A seção atual da tendência pode se estender até a região da figura 25.
Neste momento, a formação do conjunto de ondas de alta pode estar em andamento. Espero que, a partir dos níveis atuais, a terceira onda dessa estrutura, seja a onda c ou a onda 3, comece a se desenvolver. Nos próximos dias, considero posições compradas com alvos próximos da região de 1.1740. Uma reversão do indicador MACD para cima servirá como confirmação adicional desse cenário.
Cenário de onda para o GBP/USD:
O padrão de ondas do GBP/USD mudou. Continuamos lidando com a seção de alta e impulsiva da tendência, mas sua estrutura interna tornou-se progressivamente mais complexa. A estrutura corretiva descendente a-b-c-d-e dentro da onda c na onda 4 parece estar praticamente concluída. Se esse for realmente o caso, espero que a seção principal da tendência retome sua formação, com alvos iniciais em torno das figuras 38 e 40.
No curto prazo, é possível a formação da onda 3 ou c, com alvos projetados nas regiões de 1.3280 e 1.3360 — níveis que correspondem, respectivamente, a 76,4% e 61,8% de Fibonacci.
Princípios básicos da minha análise:
- As estruturas de ondas devem ser simples e compreensíveis. Estruturas complexas são difíceis de executar, pois muitas vezes trazem mudanças.
- Se houver incerteza sobre o que está acontecendo no mercado, é melhor não entrar nele.
- Nunca há 100% de certeza na direção do movimento. Não se esqueça das ordens de stop loss de proteção.
- A análise de ondas pode ser combinada com outros tipos de análise e estratégias de negociação.
