Ontem, os índices acionários fecharam em alta. O S&P 500 subiu 1,55%, enquanto o Nasdaq 100 avançou 2,69%. Já o Dow Jones Industrial Average registrou um aumento mais modesto, de 0,44%.
As ações do setor de tecnologia impulsionaram o movimento positivo dos mercados globais, à medida que os traders iniciaram uma semana carregada de dados com forte otimismo em relação a um possível corte de juros pelo Federal Reserve em dezembro. Entretanto, os rendimentos dos Treasuries de 10 anos recuaram para 4,03%, apoiando o apetite por risco.
Os preços do petróleo também avançaram, refletindo o sentimento mais construtivo dos investidores diante das perspectivas de um possível acordo de paz entre Ucrânia e Rússia.

Como mencionei anteriormente, o otimismo dos investidores foi impulsionado pela expectativa de que a desaceleração da inflação permitiria ao Federal Reserve adotar uma postura monetária mais acomodatícia. O setor de tecnologia registrou um desempenho particularmente forte. As ações de gigantes como o Google avançaram de forma expressiva, alimentadas por rumores de que a empresa pode se tornar uma nova líder no setor de IA.
O mercado de petróleo também reagiu com altas diante das notícias sobre um possível acordo de paz entre Ucrânia e Rússia. Para os traders, isso poderia reduzir tensões geopolíticas e trazer maior estabilidade ao fornecimento global de petróleo. Ainda assim, alguns analistas pedem cautela, lembrando que as negociações entre os dois países seguem complexas e com resultados imprevisíveis.
Ontem, o presidente do Federal Reserve, Christopher Waller, manifestou apoio a um corte de juros no próximo mês. Na sexta-feira, o presidente do Fed de Nova York, John Williams, também influenciou positivamente o mercado ao afirmar que um corte de curto prazo segue sendo uma possibilidade. Mary Daly, presidente do Fed de San Francisco, igualmente endossou um corte em dezembro.
Atualmente, os mercados de dinheiro precificam mais de 70% de probabilidade de um corte na taxa pelo Fed em dezembro, embora essa estimativa tenha oscilado em torno de 30% nas últimas semanas.
O Susquehanna International Group observou: "Acreditamos que a combinação do reset do mercado de ações e da elevação das probabilidades de um corte de juros em dezembro impulsionou as ações para cima e trouxe novamente à tona dúvidas sobre a chance de uma correção no final do ano."

O calendário macroeconômico de hoje inclui os dados de vendas no varejo de setembro, que podem apresentar um crescimento moderado, já que os consumidores continuam pressionados pelos preços elevados. Além disso, os traders receberão os números do Índice de Preços ao Produtor e dos pedidos de bens duráveis referentes ao mesmo período.
No que diz respeito ao cenário técnico do S&P 500, a principal tarefa dos compradores hoje será superar o nível de resistência mais próximo em $6.697. Esse movimento ajudaria o índice a ganhar tração e abriria caminho para um possível rali em direção ao novo nível de $6.711. Outra prioridade para os touros será manter o controle sobre $6.727, o que reforçaria as posições de compras.
Caso ocorra uma queda devido à redução do apetite por risco, os compradores devem defender a região de $6.682. Um rompimento abaixo desse nível empurraria rapidamente o índice de volta para $6.672, abrindo espaço para uma queda adicional em direção a $6.660.