Ontem, os índices de ações fecharam em alta. O S&P 500 subiu 0,91%, enquanto o Nasdaq 100 aumentou 0,67%. O Dow Jones Industrial Average saltou 1,43%.
Os índices globais continuaram sua trajetória de alta pelo quarto dia consecutivo, à medida que aumentavam as expectativas de um corte nas taxas de juros por parte do Federal Reserve, tendo em vista os dados fracos sobre a confiança do consumidor nos Estados Unidos e o surgimento de um funcionário do banco central que apoia uma redução proporcional das taxas como potencial próximo presidente do Fed.
Uma alta nas ações asiáticas levou o índice de ações globais,MSCI All Country World Index (ACWI) a subir 0,3%, reduzindo as perdas acumuladas após uma queda de 1,3%. Os títulos do Tesouro, por sua vez, mantiveram de modo geral sua trajetória de valorização em relação à sessão anterior. A recuperação foi especialmente evidente no setor de tecnologia, onde investidores, antecipando crédito mais barato, voltaram a direcionar recursos para ações de crescimento. Se o Federal Reserve realmente optar por novos cortes de juros, isso poderá servir como um catalisador poderoso para a continuidade das altas nos mercados acionários. No entanto, alguns especialistas alertam que reduções aceleradas demais podem reacender pressões inflacionárias. Além disso, a incerteza quanto às perspectivas econômicas globais mantém os mercados vulneráveis a correções repentinas.
A notícia de que Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, desponta como forte candidato à presidência do Federal Reserve também contribuiu para o avanço dos títulos. O dólar recuou frente à maioria das moedas, enquanto o dólar neozelandês subiu mais de 1%. O ouro, que tradicionalmente se beneficia de cortes de juros, avançou 0,9%, alcançando $4.166 por onça.
O rali dos mercados globais foi retomado após preocupações sobre a supervalorização do setor de IA terem levado investidores a realizar vendas no início de novembro, reduzindo a exposição a ativos de maior risco. O sentimento agora melhora à medida que dados econômicos divulgados com atraso mostram sinais de desaceleração da economia dos EUA, enquanto mais autoridades do Fed manifestam apoio a cortes de juros.
Antes da reunião de política monetária de outubro, investidores tratavam um corte em dezembro como praticamente inevitável. No entanto, as chances caíram drasticamente após um aumento no tom hawkish. Agora, porém, o mercado volta a considerar uma redução da taxa como quase certa.
Os dados divulgados ontem, mostrando uma queda acentuada na confiança do consumidor nos EUA em novembro, reforçam ainda mais a necessidade de apoio econômico. Esse movimento também indica uma desaceleração nos gastos dos consumidores após vários meses de forte expansão.
Nos demais mercados, os preços do petróleo se estabilizaram após terem fechado no nível mais baixo em um mês, em meio a sinais de progresso nas negociações por um possível acordo de paz relacionado à Ucrânia.
Do ponto de vista técnico, no S&P 500, a principal tarefa dos compradores hoje será superar o nível de resistência mais próximo, em $6.801. Esse rompimento ajudaria o índice a ganhar tração e poderia abrir caminho para um potencial rali até o próximo nível em $6.819. Outra prioridade para os touros será manter o controle acima de $6.837, o que fortaleceria a posição compradora.
Caso ocorra uma queda devido à redução do apetite por risco, os compradores deverão se afirmar na região de $6.784. Uma quebra abaixo desse nível levaria rapidamente o índice de volta para $6.769, abrindo caminho para o suporte seguinte em $6.756.
