O Goldman Sachs, o maior banco de investimentos do mundo, reduziu a previsão de recessão para os Estados Unidos de 25% para 20%. Anteriormente, a probabilidade de uma recessão havia sido estimada em 25%, mas os recentes dados macroeconômicos norte-americanos provocaram uma reavaliação das perspectivas econômicas.
Neste ano, a possibilidade de recessão nos EUA oscilou em torno de 15%, mas um relatório de empregos de julho, que ficou aquém das expectativas, abalou a confiança dos economistas. No entanto, dados mais recentes, como as vendas no varejo e os pedidos de auxílio-desemprego, ajudaram a aliviar essas preocupações, levando à revisão da previsão de recessão para 20%.
Os economistas do banco haviam anteriormente aumentado a probabilidade de recessão de 15% para 25% após a divulgação do relatório de empregos de julho. Esse relatório mostrou que as contratações não foram tão robustas quanto se esperava, o que levantou preocupações sobre a maior economia global e provocou uma breve, mas intensa, liquidação no mercado de ações, além de ativar a “Regra de Sahm”, um indicador que sugere o início de uma recessão nos EUA.
Apesar das preocupações iniciais, a posição do Goldman Sachs foi revisada com base nos novos dados macroeconômicos. Estes relatórios recentes mudaram o sentimento do mercado, refletindo-se nas altas dos mercados globais.
Os especialistas do banco sugerem que, se a economia americana mantiver o ritmo atual de crescimento, poderá começar a se comportar de maneira semelhante a outras economias mais desenvolvidas, como as do G10, onde a “Regra de Sahm” pode não ser tão precisa em prever recessões, com uma taxa de acerto inferior a 70%. Claudia Sahm, economista responsável pela criação da regra, acredita que a economia americana ainda não está em recessão, mas alerta que um enfraquecimento maior do mercado de trabalho poderia levá-la nessa direção.
O relatório sobre o mercado de trabalho, aguardado para 6 de setembro, pode ser um divisor de águas para as projeções econômicas. O Goldman Sachs, por exemplo, pode ajustar sua estimativa de probabilidade de recessão para 15%, nível predominante durante grande parte de 2024. Além disso, os indicadores econômicos robustos dos Estados Unidos fortalecem a expectativa de um corte de 25 pontos-base na taxa de juros pelo Fed, mas uma visão mais cautelosa do banco considera a possibilidade de um corte mais agressivo, de 50 pontos-base.