Os preços do petróleo podem enfrentar uma redução expressiva devido ao superávit de produção no mercado global. De acordo com o Banco Mundial, o preço do petróleo bruto Brent pode atingir uma média de US$ 73 por barril em 2025, marcando uma desvalorização acentuada para uma mínima de cinco anos.
As previsões indicam que o preço do Brent será em média de US$ 80 por barril em 2024, antes de cair para US$ 73 em 2025 e US$ 72 em 2026. Além disso, os analistas projetam uma diminuição de 3% nos preços das commodities neste ano e uma queda adicional de 5% em 2025. Mas o que isso significa para os consumidores e investidores globais?
Segundo o Banco Mundial, essa redução pode ser explicada pelo superávit de produção. Projeções indicam que a oferta global de petróleo superará a demanda em uma média de 1,2 milhão de barris por dia em 2025. Este nível de oferta excedente só foi registrado em duas ocasiões nas últimas décadas: durante a crise financeira asiática de 1998 e a pandemia da COVID-19, ambos os episódios marcados por quedas acentuadas nos preços do petróleo.
Especialistas alertam que qualquer desvalorização no petróleo Brent representa um desafio significativo para a Rússia, pois seu orçamento está intimamente ligado ao preço de referência do petróleo bruto dos Urais, que atualmente é negociado com um desconto de US$ 12,5 em relação ao Brent. Se esse desconto se ampliar, as finanças russas podem ser ainda mais pressionadas.
Analistas de grandes empresas de comercialização de petróleo, como Gunvor e Trafigura, estimam que o Brent possa cair para até US$ 60 por barril nos próximos anos. Esse declínio seria impulsionado pelo superávit de produção e pelo crescimento econômico mais lento da China, um dos principais consumidores globais. Para especialistas, tal queda traria o mercado de volta a patamares históricos, lembrando períodos de maior estabilidade econômica no passado.