O Bitcoin, pioneiro entre as criptomoedas, deve ser tratado com respeito e não reduzido a um “brinquedo para os ricos”, alertou o analista Justin Bons. Ele destacou que essa abordagem especulativa pode comprometer a sustentabilidade da moeda digital, especialmente se, no futuro, desenvolvedores tentarem ampliar o limite atual de 21 milhões de unidades em circulação. Bons também enfatiza que a especulação desenfreada tem afastado o Bitcoin de seu propósito original, que é ser um sistema de pagamento global e inclusivo.
O analista lamenta que o verdadeiro papel da criptomoeda — como uma alternativa prática e acessível — tenha sido totalmente desvirtuado, transformando-se em um ativo especulativo, acessível apenas a uma elite econômica. Segundo ele, “empresários e empresas gananciosos” distorceram a visão de Satoshi Nakamoto, criador do Bitcoin, cujo objetivo era construir uma rede digital ponto a ponto, equilibrando segurança e estabilidade.
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, continua a agitar os mercados com suas ações ousadas. Desta vez, o excêntrico bilionário está reafirmando seu apoio ao dólar americano. Trump prometeu, novamente, usar as tarifas como uma estratégia para manter o dólar como a moeda de reserva e de comércio mundial.
De acordo com o republicano, sua nova administração não ficará inativa enquanto os países do BRICS buscam a desdolarização. Em resposta, Trump pediu aos membros do BRICS, que estão desenvolvendo planos para criar uma nova moeda e um sistema de pagamento alternativo, que interrompam essas iniciativas. Caso contrário, ele ameaçou impor tarifas de 100% sobre os produtos importados desses países para os Estados Unidos. O presidente eleito exigiu que os países do bloco se comprometessem a não criar uma nova moeda do BRICS nem apoiar qualquer outra moeda que pudesse substituir o dólar americano.
A declaração de Trump gerou uma especulação generalizada, deixando os analistas incertos sobre os próximos passos da administração. As especulações atuais incluem o uso potencial do Bitcoin e o possível levantamento das sanções contra a Rússia, o que poderia abrir caminho para a retomada das transações em dólar.
Em novembro, o presidente russo, Vladimir Putin, declarou que a Rússia não estava abandonando o dólar, mas simplesmente se recusava a utilizá-lo como ferramenta de liquidação, conforme observou o líder russo.