De acordo com James Butterfill, chefe de pesquisa da CoinShares, a ideia de incluir o Bitcoin no fundo é lógica e uma “medida razoável”. Ele acredita que as autoridades norte-americanas poderiam se beneficiar do investimento em ativos como o Bitcoin para resolver problemas de dívida nacional e gerar novos fluxos de receita. Butterfill sugere que o fundo soberano poderia servir a um “propósito duplo”, funcionando como um veículo de investimento e como uma reserva estratégica para o Bitcoin.
Donald Trump acredita que, em breve, os EUA poderão consolidar uma reserva estratégica de Bitcoin. Embora a proposta ainda gere ceticismo entre especialistas, a Casa Branca já começou a explorar a viabilidade dessa ideia. Recentemente, David Sacks, ex-assessor de Trump e chamado de “czar das criptomoedas” na administração, reforçou o interesse do governo em integrar o Bitcoin ao sistema financeiro do país.
Em coletiva de imprensa em Washington, Sacks destacou a postura pró-cripto da administração e discutiu a criação de uma reserva digital como parte de um fundo soberano dos EUA. Embora o fundo de riqueza soberana e a reserva de Bitcoin sejam iniciativas distintas, ele ressaltou que o governo está ativamente explorando o papel das criptomoedas nas finanças públicas. O anúncio foi feito após a ordem executiva de Trump para estabelecer um fundo destinado a aumentar as receitas do governo por meio de investimentos estratégicos, com o Bitcoin figurando como um ativo possível.
Trump também expressou interesse em usar esse fundo para adquirir ativos estratégicos, como uma possível compra da plataforma de mídia social TikTok.
Se implementado, o plano de Trump pode redefinir o papel das criptomoedas no setor público. No entanto, a viabilidade dessa estratégia dependerá tanto da aceitação política quanto da estabilidade do Bitcoin no longo prazo. A decisão de integrar o Bitcoin ao sistema financeiro pode não apenas impactar a economia dos EUA, mas também influenciar os rumos globais das criptomoedas.