A UE está preparada para flexibilizar os limites fiscais para gastos com defesa. A declaração segue a pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que pede que a Europa financie sua defesa de forma independente.
Os Estados Unidos pressionam os membros europeus da OTAN a dobrar seus gastos militares, preparando-se para um possível ataque russo sem depender de Washington. Afinal, o foco estratégico americano agora se volta para as ameaças vindas de Pequim. Muitos líderes europeus, no entanto, discordam dessa abordagem.
Ursula von der Leyen, chefe do órgão executivo da UE, anunciou sua intenção de “ativar a cláusula de escape para investimentos em defesa”. Ela afirmou que isto permitirá que os Estados-membros aumentem substancialmente seus gastos com defesa. E deixou claro que isto será feito de forma controlada e condicional.
As regras de dívida e gastos da UE foram revisadas em 2024 para proteger o euro e conter o endividamento excessivo. Essas regras estabelecem um limite de gastos anuais para os governos, garantindo uma redução da dívida pública ao longo de quatro a sete anos. No entanto, diante de circunstâncias excepcionais, como a ameaça de uma invasão russa, a Comissão Europeia pode flexibilizar as regras fiscais ao ativar uma "cláusula de escape" de um ano, renovável anualmente.