Os Estados Unidos estão à frente de todos! Eles se tornaram o principal parceiro comercial da Alemanha, ultrapassando a China. De acordo com o Escritório Federal de Estatísticas da Alemanha (Destatis), em 2024, os Estados Unidos foram o maior parceiro comercial da Alemanha. Esta é a primeira vez que Washington ultrapassa Pequim desde 2015, destaca o Destatis.
Pela primeira vez em nove anos, no ano passado, os Estados Unidos se tornaram o principal parceiro comercial da Alemanha. Segundo o Destatis, o volume total de comércio entre os dois países (importações e exportações combinadas) alcançou 252,8 bilhões de euros. A China costumava ocupar o primeiro lugar, mas as coisas mudaram. De 2016 a 2023, a China foi o principal parceiro comercial da Alemanha todos os anos, de acordo com o Destatis.
Curiosamente, o comércio entre a Alemanha e os EUA cresceu apenas 0,1% no ano passado. A mudança ocorreu principalmente devido a uma queda nas exportações alemãs para a China. Em 2024, o comércio da Alemanha com a China caiu 3,1%, totalizando 246,3 bilhões de euros. A Holanda ficou em terceiro lugar entre os maiores parceiros comerciais da Alemanha, com um volume de comércio de 205,7 bilhões de euros – uma redução de 4,2% em comparação ao ano anterior, segundo o Destatis.
Tradicionalmente, a Alemanha exporta mais para os EUA do que importa de lá. No ano passado, esse superávit comercial aumentou em quase 10%, alcançando 70 bilhões de euros. A França e a Holanda foram o segundo e o terceiro maiores destinos de exportação da Alemanha. Entretanto, no que diz respeito às importações, a China continua sendo o principal fornecedor da Alemanha, seguida pela Holanda e pelos EUA. Notavelmente, o superávit comercial da Alemanha aumentou em 21,4 bilhões de euros no ano passado, chegando a 239,1 bilhões de euros.
Enquanto isso, Joachim Nagel, chefe do Banco Central da Alemanha (Bundesbank), alertou que as possíveis tarifas dos EUA poderiam representar uma séria ameaça ao crescimento econômico da Alemanha, devido aos fortes laços comerciais entre as duas nações. Ele também apontou que a dependência da Alemanha em relação às exportações faz com que o país seja especialmente vulnerável ao declínio da demanda global.
