O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, continua revisitando projetos de seu primeiro mandato. Desta vez, ele está pressionando pela retomada do oleoduto Keystone XL, um empreendimento que ligaria os campos petrolíferos do Canadá ao estado americano de Nebraska. A iniciativa, no entanto, enfrenta diversos obstáculos.
Apesar da retirada oficial da South Bow Corp, empresa responsável pelo projeto, e do desmantelamento de parte da infraestrutura necessária, Trump segue determinado a avançar com a construção, mesmo que isso exija a substituição da empreiteira. Além disso, todas as licenças essenciais já expiraram, o que torna a viabilização do projeto ainda mais complexa.
Segundo Trump, a paralisação do oleoduto foi consequência da administração Biden, que, segundo ele, cedeu à pressão de grupos ambientalistas e encerrou as operações. O projeto de 2.000 quilômetros tem sido alvo de disputas políticas há mais de uma década, e seu ressurgimento agora se depara com um novo obstáculo: o crescente sentimento antiamericano no Canadá.
A insatisfação foi alimentada por declarações polêmicas de Trump, incluindo a sugestão de que o Canadá poderia se tornar um estado americano e a ameaça de impor uma tarifa de 25% sobre todas as importações canadenses. Em resposta, o primeiro-ministro Justin Trudeau sugeriu uma possível proibição das exportações de energia, incluindo petróleo, para os Estados Unidos, o que criaria barreiras significativas à reativação do Keystone XL.
Além desse impasse, Trump tem revisitado outras questões relacionadas ao mercado de petróleo e gás. Ele instou empresas americanas a aumentarem a produção e pressionou os países da OPEP a elevarem rapidamente sua oferta de petróleo para reduzir os preços. Além disso, prometeu retomar o Constitution Pipeline, um projeto de transporte de gás natural para Nova York que foi abandonado pelo desenvolvedor em 2020.
A retomada do Keystone XL, portanto, não é apenas um desafio técnico e econômico, mas também uma questão política sensível, tanto nos Estados Unidos quanto no cenário internacional.