Ações da Tesla caem 25% em meio a problemas na cadeia de suprimentos e atividade política de Elon Musk. No entanto, ainda há um lado positivo: desde a eleição presidencial dos EUA, os papéis da empresa acumulam alta de 21%.
Gene Munster, sócio-gerente da Deepwater Asset Management, atribui a recente queda das ações à revisão das expectativas dos investidores quanto às entregas para 2025. Esse ajuste está, por sua vez, ligado à crescente atividade política de Elon Musk, que tem afastado potenciais compradores. Esse impacto já se reflete nos registros de veículos da Tesla na Europa: em janeiro de 2025, as vendas na UE caíram 45% em relação ao ano anterior, enquanto a participação da montadora nos registros de novos carros diminuiu de 1,8% para 1% em comparação com o mesmo período de 2024.
Os analistas de Wall Street projetam que a Tesla entregará 2 milhões de veículos este ano, mas as estimativas do setor são mais conservadoras, prevendo cerca de 1,7 milhão. Se o pior cenário se confirmar, a empresa poderá enfrentar um ano desafiador, já que essa previsão indica uma queda de 4% nas entregas anuais. Ainda assim, a Tesla mantém uma visão otimista, prevendo um crescimento anual de 12%.
Munster acredita que as ações da Tesla podem continuar caindo até que as previsões oficiais de entrega da empresa estejam alinhadas com as estimativas mais baixas do setor. Apesar da atual desaceleração, ele segue otimista quanto ao futuro da montadora. O especialista destaca que a Tesla está preparando o terreno para um 2026 mais promissor, impulsionado pelo lançamento de um modelo mais acessível, cuja produção está prevista para começar no primeiro semestre de 2025.
