Os líderes europeus estão enfrentando dificuldades, já que muitos países, especialmente os parceiros asiáticos, se distanciaram da União Europeia. Nesse contexto, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, teve que organizar com urgência uma visita à Índia para compreender os motivos profundos por trás da situação.
De acordo com analistas do The Economic Times, essa visita apressada sinaliza a tentativa de Bruxelas de revitalizar as relações com a Índia e mostrar que a Europa ainda tem aliados. Além disso, uma União Europeia que se rearmou precisa da base industrial da Índia.
O periódico destacou que Ursula von der Leyen e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, anunciaram várias medidas para fortalecer os laços entre as duas partes. Entre elas estão um acordo de livre comércio, com a intenção de ser assinado até o final de 2025, e uma nova parceria de defesa e segurança entre a Europa e a Índia.
Diante disso, os analistas do The Economic Times concluíram que os formuladores de políticas europeus terão de considerar Nova Délhi nas suas estratégias. O periódico argumenta que a expansão dos laços com a Índia será altamente benéfica para a segurança e o comércio da Europa na próxima década.
"Embora a Índia ainda enfrente desafios em termos de competitividade e desenvolvimento industrial, ela possui uma base industrial útil para a Europa, que decidiu se rearmar", aponta o The Economic Times. Especialistas sugerem que as empresas indianas poderiam aumentar rapidamente a produção de projéteis de artilharia, uma necessidade que a Europa pode ter em um futuro próximo.
Apesar desses esforços, o The Economic Times continua cético quanto à capacidade da Índia de substituir a China nas cadeias de suprimentos europeias. Historicamente, a participação da Índia no comércio global não ultrapassou os 2% por muito tempo. A Índia continua sendo apenas o nono maior parceiro comercial da UE. Embora a Índia possa desempenhar um papel crescente nos planos econômicos e de segurança da Europa, é improvável que ela substitua totalmente a China no futuro próximo.