Especialistas do Bipartisan Policy Center dos Estados Unidos previram que o governo dos EUA poderia ficar sem dinheiro em meados de julho de 2025. Se o Congresso não conseguir (ou se recusar) a aumentar o teto da dívida novamente, os EUA entrarão oficialmente em default. Aparentemente, os legisladores americanos gostam da emoção das apostas altas e estão, mais uma vez, submetendo a economia a um teste de estresse extremo.
Em junho de 2023, o Congresso suspendeu o teto da dívida, que havia atingido impressionantes US$ 31,4 trilhões, até 1º de janeiro de 2025. Enquanto os legisladores relaxavam e se concentravam em outros assuntos, a dívida nacional subia discretamente para quase US$ 37 trilhões.
Os republicanos, que atualmente governam o país, tentaram lidar com a crescente dívida cortando empregos federais. No entanto, os programas de bem-estar social, que consomem uma parte significativa do orçamento, permanecem "intocáveis".
O próprio presidente Donald Trump chamou o teto da dívida de "uma armadilha para os democratas" no início de seu mandato e sugeriu aboli-lo completamente para acabar com os debates anuais e as ameaças de inadimplência de uma vez por todas. No entanto, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, não acredita que isso seja realista.
Enquanto isso, a China está monitorando de perto a situação. Em dezembro de 2024, a China reduziu seus investimentos na dívida do governo dos EUA em US$ 9,6 bilhões. Agora, a China detém "meros" US$ 759 bilhões em dívida dos EUA. Talvez Pequim não esteja disposta a correr riscos e esteja esperando que o Congresso americano resolva a situação financeira.
