Anna Cavazzini, membro do Parlamento Europeu e formuladora de políticas da Alemanha, demonstrou frustração com a abordagem diplomática convencional. Em resposta às novas tarifas impostas pelo governo Trump, ela defendeu que a União Europeia adote uma postura mais agressiva e firme,retaliando às medidas americanas.
Cavazzini afirmou que era evidente a necessidade de retaliação e acrescentou que a União Europeia deveria demonstrar sua força, afirmando que essa era a única abordagem que poderia surtir efeito com o governo Trump.
A Europa não está sozinha nessa resistência. Tanto o Canadá quanto a China indicaram que consideram necessário responder às tarifas impostas pelos EUA. Ambos os governos afirmam ter as ferramentas necessárias para prejudicar a economia dos EUA em retaliação ao que consideram ações comerciais hostis.
O ex-embaixador canadense em Washington, David MacNaughton, também adotou um tom firme ao afirmar que considerava necessário revidar, pois não via Trump disposto a recuar.
Recentemente, os Estados Unidos impuseram tarifas de 25% sobre importações do México e do Canadá, além de uma taxa de 20% sobre produtos chineses, justificando as medidas como parte dos esforços para combater a imigração ilegal e o tráfico de fentanil. Trump também mirou a União Europeia, prometendo impor tarifas retaliatórias contra países cujas taxas sobre produtos americanos sejam superiores às aplicadas por Washington.
A resposta foi imediata: o Canadá e a China já anunciaram contramedidas, enquanto a União Europeia está se preparando para uma nova rodada de tarifas retaliatórias, previstas para entrar em vigor ainda em abril.
