O metal amarelo voltou a brilhar — e com força total. Pela primeira vez na história, os contratos futuros de ouro ultrapassaram a marca dos US$ 3.300 por onça. E, segundo analistas, essa escalada pode estar longe de terminar.
Os contratos com vencimento em junho na bolsa de Chicago (CME) bateram US$ 3.306 por onça nas negociações desta manhã, após uma alta intradiária de mais de 2%. O impulso veio da busca renovada por ativos de proteção, em meio à intensificação das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, alimentadas pelas últimas decisões do presidente Donald Trump.
O gatilho imediato para essa disparada foi uma nova ordem executiva da Casa Branca que abriu uma investigação de segurança nacional sobre a importação de minerais considerados críticos. A análise inclui substâncias como cobalto, níquel, elementos de terras raras e urânio — e pode resultar em tarifas sobre esses recursos estratégicos.
Para muitos analistas, a medida é mais um capítulo da prolongada disputa econômica entre as duas maiores potências do planeta. O clima de incerteza crescente tem enfraquecido até mesmo outros ativos tradicionalmente considerados seguros, como o dólar e os títulos do Tesouro americano. Nesse cenário, o ouro retomou seu protagonismo como refúgio preferencial dos investidores.
Com a confiança no dólar abalada, as previsões do mercado apontam para novas máximas históricas do ouro nos próximos meses.