Que reviravolta vinda da Casa Branca! No dia 26 de junho, o governo dos Estados Unidos anunciou que o prazo de 9 de julho, estabelecido pelo presidente para fechar novos acordos comerciais, poderá ser adiado. A porta-voz Karoline Leavitt minimizou a urgência ao afirmar que “o prazo não é crítico.” Para muitos analistas, porém, todo esse impasse parece mais uma estratégia de pressão do que uma negociação genuína.
O período inicial de 90 dias para as conversas tarifárias, iniciado em abril, resultou até agora em apenas dois acordos: um com o Reino Unido e outro com a China. O prazo foi criado justamente para forçar os principais parceiros comerciais a chegar a um consenso.
Leavitt explicou que o limite de 9 de julho pode ser flexibilizado, destacando que Trump possui autoridade para impor ou ajustar tarifas retaliatórias quando considerar necessário para proteger os interesses dos Estados Unidos e dos trabalhadores americanos.
Pelo plano do presidente, a partir de 9 de julho começaria a valer uma tarifa mínima de 10% sobre produtos de todos os parceiros comerciais. Na ausência de acordos específicos, essas tarifas poderiam subir ainda mais. Enquanto isso, as negociações continuam com a maioria dos países, incluindo União Europeia e Índia. Diante desse cenário, o governo americano já admite oficialmente a possibilidade de estender o prazo.
Analistas do Wall Street Journal destacaram que países europeus estão buscando maneiras de reduzir tarifas sobre determinados produtos americanos, numa tentativa de fechar um acordo mais rápido com o governo Trump.
