As nuvens carregadas que pairavam sobre Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, se transformaram em uma tempestade política de grandes proporções. Ele já não está apenas sob escrutínio — agora é oficialmente alvo de uma investigação criminal.
A deputada norte-americana Anna Paulina Luna apresentou uma denúncia formal ao Departamento de Justiça, acusando Powell de ter feito declarações falsas ao Congresso sobre um projeto de renovação financiado com recursos públicos.
A republicana da Flórida afirma que Powell mentiu intencionalmente no fim de junho de 2025. “O presidente Powell enganou deliberadamente o Congresso e autoridades do Poder Executivo sobre a real natureza de um projeto custeado pelos contribuintes”, declarou Luna.
Em carta enviada ao procurador-geral dos EUA, Luna citou duas declarações específicas que, segundo ela, são falsas. A primeira diz respeito à negação, por parte de Powell, da existência de uma sala de jantar VIP, mármore novo, elevadores especiais, elementos aquáticos, jardins privativos, jardins no terraço e fontes d’água no projeto de reforma da sede do Fed. No entanto, de acordo com a parlamentar, o relatório final submetido à Comissão de Planejamento da Capital Nacional contradiz essas alegações.
A segunda afirmação contestada por Luna é a de que o Edifício Eccles jamais passou por reformas significativas. Ela argumenta que, entre 1999 e 2003, o Fed realizou uma ampla reestruturação, incluindo substituição do telhado, modernização dos sistemas, reformas internas e redesenho dos pátios.
Apesar da abertura da investigação, os mercados de apostas indicam baixa probabilidade de que Powell seja afastado do cargo — as chances atuais giram em torno de apenas 20%. Analistas e investidores continuam projetando que o presidente do Fed permanecerá no posto ao menos até o fim de 2025.