Elon Musk, à frente da Tesla e da SpaceX, mirou o impossível: conter a queda nas vendas de seus carros elétricos na União Europeia. Mas seus esforços foram em vão. Segundo a Reuters, as vendas da Tesla no continente seguem em trajetória descendente, já são oito meses consecutivos de recuo. Um cenário, no mínimo, desanimador.
Analistas apontam que a queda está diretamente ligada ao avanço da concorrência, especialmente de fabricantes chineses e europeus, além de um fator adicional: as posições políticas de Musk, marcadas por sua proximidade com partidos de extrema-direita, que vêm causando desgaste junto ao público consumidor.
A versão atualizada do Model Y também não conseguiu atrair interesse. Na França, os registos de novos Teslas caíram 47,3% em agosto, em comparação com o mesmo mês de 2024. Na Suécia, a queda foi ainda maior, mais de 84%. Já na Dinamarca, a retração chegou a 42%. Até mesmo Alemanha e Reino Unido, os dois maiores mercados da Tesla na Europa, registaram queda nas vendas em 2025.
Especialistas lembram que a empresa sofre ainda com um portfólio envelhecido: desde 2020, nenhum novo modelo de grande mercado foi lançado. O último marco da Tesla foi justamente o Model Y, apresentado há cinco anos. Nesse mesmo período, rivais chineses e tradicionais montadoras europeias aceleraram lançamentos e inundaram o mercado com novidades.
Diante desse quadro, as declarações recentes de Elon Musk de que não existem problemas de vendas na Europa soam, segundo analistas, como pura negação da realidade.
