O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, volta a ser alvo de discussões sobre impeachment. Motivos para o descontentamento de seus opositores não faltam, mas, desta vez, é um escândalo envolvendo criptomoedas que ameaça manchar sua reputação política.
Em maio deste ano, uma das empresas de investimento do xeique árabe Tahnoun bin Zayed Al Nahyan aportou US$ 2 bilhões na World Liberty Financial, companhia fundada pelos filhos de Trump, Eric e Donald Jr., em parceria com um parente de Zach Witkoff, enviado especial dos EUA para o Oriente Médio. Apenas duas semanas depois, os Emirados Árabes Unidos compraram chips avançados produzidos nos EUA, uma operação que trouxe grandes ganhos para a economia local e, em especial, para a G42, empresa do próprio xeique.
O New York Times investigou o caso e não encontrou provas de ligação direta entre os negócios. Ainda assim, os repórteres identificaram fortes vínculos empresariais entre as famílias Trump, Witkoff e Tahnoun — relações que resultaram em benefícios financeiros e levantaram dúvidas sobre a conduta ética de Trump e de seus aliados mais próximos.
Segundo juristas, as práticas investigadas contrariam normas éticas tradicionais do cenário político norte-americano e reacenderam a discussão sobre impeachment. Apesar disso, o mercado de apostas permanece cético: na plataforma Polymarket, baseada em criptomoedas, a chance de Trump ser removido é calculada em apenas 4%.