O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, abriu um processo contra o The New York Times (NYT) por suposta difamação em relação ao TRUMP memecoin, um token que ele considera um de seus principais projetos políticos e empresariais. Segundo Trump, as práticas editoriais do jornal seriam “voltadas para calúnia e insulto” contra adversários do Partido Democrata.
No processo, o presidente acusa o NYT de divulgar informações falsas sobre a moeda digital TRUMP — entre elas, a alegação de que o token teria influência política sobre investidores estrangeiros e que já teria causado perdas financeiras a esse público. Ele também afirma que o jornal sugere que os seus empreendimentos em cripto estariam ligados a práticas de corrupção.
A ação judicial afirma que, após deixar a Casa Branca em 2021, o presidente Trump lançou novos negócios, que vão desde redes sociais (como a Truth Social) até criptoativos como o token TRUMP. O documento sustenta que o sucesso desses projetos ocorreu porque eles encontraram ressonância junto ao público americano, apoiados na reputação de Trump como empresário. Acrescenta ainda que os artigos do NYT teriam causado danos irreparáveis, comprometendo a rentabilidade desses empreendimentos.
Um dos maiores detentores do token TRUMP é o empresário chinês Justin Sun, criador da Tron. Recentemente, porém, ele entrou em conflito com a World Liberty Financial, que bloqueou o seu endereço cripto após a transferência de 60 milhões de tokens WLFI — avaliados em mais de US$ 9 milhões. Sun afirma que nunca teve a intenção de vender esses ativos e exige o desbloqueio imediato.
Atualmente, o TRUMP memecoin é negociado a US$ 8,58, com uma capitalização de mercado de US$ 1,7 bilhão, quase 80% abaixo do pico histórico de US$ 8,8 bilhões, segundo analistas.
Não é a primeira vez que o presidente é acusado de misturar política e criptoativos. As congressistas democratas Elizabeth Warren e Maxine Waters já o acusaram de permitir que familiares lucrassem diretamente com esses projetos, o que, segundo elas, poderia enfraquecer a regulação do setor e dificultar o trabalho da SEC na proteção dos investidores.