A prolongada suspensão das operações federais nos Estados Unidos já está provocando um impacto negativo significativo na economia do país. Segundo o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, alguns setores estão sofrendo pressões maiores do que o inicialmente previsto.
Os segmentos mais afetados são os ligados a viagens e lazer. A paralisação interrompeu ciclos de produção, suspendeu projetos de construção e reduziu a demanda em diversas empresas. Hassett destacou que, se as interrupções de voos persistirem por mais uma ou duas semanas, a situação poderá se transformar em uma recessão de curto prazo para o setor aéreo.
Além disso, a previsão de crescimento do PIB para o quarto trimestre foi revisada para baixo. Embora o governo espere uma recuperação rápida após o fim da paralisação, o ritmo atual de desaceleração da atividade empresarial tem gerado preocupação entre economistas.
A suspensão começou em 1º de outubro e já se tornou a mais longa da história dos EUA, superando a paralisação ocorrida entre 2018 e 2019. O impasse decorre da falta de acordo no Congresso sobre o orçamento, o que bloqueou o financiamento de diversos programas e agências federais.
Os efeitos já são visíveis: atrasos em aeroportos e cancelamentos de voos se multiplicam. O Departamento do Tesouro também alertou que, caso a crise orçamentária não seja resolvida até meados de novembro, podem ocorrer atrasos no pagamento de salários de militares e servidores.
Embora haja sinais de que o impasse político em Washington esteja próximo do fim, as preocupações persistem. Uma paralisação prolongada pode agravar ainda mais a desaceleração da atividade econômica em setores essenciais do mercado americano.