O chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, criticou a rigidez excessiva das regulamentações bancárias na União Europeia. Segundo ele, as exigências atuais impostas às instituições financeiras dificultam o fluxo de crédito para a economia e reduzem a competitividade dos bancos europeus em relação aos norte-americanos, que operam em um ambiente regulatório mais flexível sob a administração Trump. Merz afirmou que, embora a regulação seja essencial, o grau de restrição aplicado hoje na Europa é “excessivamente rigoroso” e precisa ser revisto.
O chanceler reconheceu que decisões importantes foram tomadas após a crise financeira de 2008 para tornar o sistema bancário mais sólido. Os níveis atuais de capital dos bancos europeus demonstram essa resiliência. No entanto, Merz destaca que o ambiente nos Estados Unidos e em outras regiões oferece muito mais espaço para expansão do crédito e financiamento corporativo. Uma abordagem regulatória mais flexível, segundo ele, permitiria que os bancos aumentassem a oferta de crédito às empresas, elemento fundamental para impulsionar o crescimento econômico.
Nos últimos meses, políticos e banqueiros europeus têm intensificado o apelo pela flexibilização das regras. O argumento central é que a Europa precisa mobilizar investimentos massivos em defesa, tecnologia digital e transição climática, e o setor financeiro, em seu formato atual, estaria operando com capacidade limitada. Muitos reclamam ainda que os bancos europeus estão perdendo terreno para instituições americanas, favorecidas por um ambiente regulatório mais leve.
A Alemanha sinalizou estar pronta para reduzir parte desse peso, adotando os padrões de capital do Basileia III de forma direcionada, sem apertos adicionais. Merz afirmou que o país implementará os requisitos europeus exatamente como estão, sem impor camadas extras de regulamentação. A expectativa é que essa decisão ajude bancos alemães — e, por extensão, europeus — a ampliar sua capacidade de crédito e fortalecer sua competitividade global.
