A China deverá manter sua meta de crescimento do PIB em cerca de 5% para 2026. Segundo especialistas e consultores do governo ouvidos pela Reuters, para atingir esse objetivo Pequim precisará implementar medidas de estímulo voltadas a combater a pressão deflacionária. Esse pacote deve ser aprovado na conferência econômica anual, com anúncio oficial previsto para março, durante a sessão parlamentar.
Para sustentar o ritmo de expansão do PIB, analistas projetam um déficit orçamentário em torno de 4% e uma possível redução das taxas de juros já no início do ano. Os programas de subsídios à demanda também devem ser prorrogados. Para alcançar o status de “país moderadamente desenvolvido” e dobrar o PIB per capita, a China precisa garantir uma taxa média de crescimento anual de pelo menos 4,17% na próxima década.
No entanto, a economia chinesa enfrenta desafios estruturais relevantes, como demanda interna fraca, excesso de capacidade produtiva e deflação. Especialistas destacam a necessidade de reformas para elevar a participação do consumo — que atualmente responde por apenas 40% do PIB. Entre as medidas prioritárias estão o fortalecimento da rede de proteção social e a simplificação das regras de migração interna, essenciais para impulsionar o consumo e reequilibrar o modelo de crescimento do país.
