No final de julho, o Índice MOEX Russia atingiu 2.820, revertendo com sucesso as perdas significativas experimentadas no início do mês. Esse desempenho destaca uma notável independência das tendências do mercado acionário global e uma reação mínima aos desenvolvimentos macroeconômicos mundiais. O impacto persistente das sanções ocidentais sobre a Rússia isolou seu setor financeiro das influências globais. Como resultado, as projeções de fluxo de capital dentro da Rússia permaneceram relativamente inalteradas por potenciais tarifas dos EUA e pela instabilidade econômica na Europa.
Ao longo do ano, os bancos se destacaram como fortes desempenhadores na bolsa de Moscou, com a valorização do Sberbank se aproximando dos níveis vistos antes do conflito na Ucrânia. Essa resiliência foi fortalecida pelo aumento da colaboração financeira com a China e o Oriente Médio. Além disso, o Banco Central da Rússia indicou sua disposição em oferecer resgates para bancos comerciais, caso os problemas com empréstimos não performados se intensifiquem. Em contrapartida, gigantes do setor energético como Lukoil, Rosneft e Gazprom sofreram perdas significativas devido à redução da demanda energética da China e a sanções europeias mais rígidas que afetam as operações de petroleiros, impactando adversamente suas vendas.
