FX.co ★ Dez bancos centrais mundiais prontos para mudar de estratégia.
Dez bancos centrais mundiais prontos para mudar de estratégia.
Reserva Federal dos EUA (FED)
Desde o início de 2019, o Federal Reserve tem avaliado opções para atingir o nível alvo de alto emprego e estabilização de preços. Ao mesmo tempo, muitos líderes empresariais não consideram a inflação um grande desafio. Em junho de 2019, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, discutiu as vantagens e desvantagens da chamada “estratégia compensatória”, que significa que a inflação pode às vezes ultrapassar a meta de 2%. Espera-se que isso ajude a compensar as deficiências anteriores. Os principais bancos americanos esperam que o Fed reveja a meta de inflação no primeiro semestre de 2020.
Banco Central Europeu (BCE)
No momento, os funcionários do BCE estão prontos para revisar suas metas de inflação. Os especialistas estão preocupados se a meta atual de inflação ao consumidor de 2% é adequada para a era pós-crise. O presidente do BCE, Mario Draghi, adota uma abordagem “simétrica” quando a flexibilidade do nível de custo deve ser maior ou menor do que a meta de 2 por cento. Isso permitirá que o regulador reanime a inflação após uma flexibilização temporária, sustentando assim o crescimento estável dos preços. Especialistas disseram que mudar a própria meta exigiria uma revisão formal.
Banco da Inglaterra
Especialistas do Banco da Inglaterra acreditam que tanto a política interna do regulador quanto a estratégia geral dos países do G7 devem ser revistas. Analistas enfatizam que isto se tornará particularmente relevante se o Partido Trabalhista ganhar a votação. Alguns formuladores de políticas acreditam que o Banco da Inglaterra deveria publicar uma previsão dos movimentos potenciais das taxas de juros necessários para manter a inflação em um nível alvo de 2%.
Banco Central da Hungria
Durante os últimos anos, a meta de inflação na Hungria foi mantida em 3%. Assim, o regulador permite que a inflação se desvie 1% para cima ou para baixo do nível alvo de 2%. As flutuações na inflação podem se mover tanto para 1% como para 3% sem prejudicar a economia. De acordo com os analistas, isso tornaria possível evitar mudanças nas taxas se as tendências dos preços ao consumidor forem instáveis. Em dezembro de 2018, o banco central anunciou sua decisão de se concentrar na inflação central, que refletia melhor as tendências da inflação ao consumidor.
Banco da Reserva da Nova Zelândia
Em abril de 2019, o banco central neozelandês adotou oficialmente um duplo mandato para aumentar o emprego e alcançar a estabilidade de preços. Neste contexto, o Banco Central da Nova Zelândia (RBNZ) reduziu as taxas de juros para um nível recorde de 1,5%. Os especialistas consideram que ambos os objetivos são difíceis de alcançar devido à desaceleração do crescimento econômico. De acordo com Adrian Orr, o Governador do Banco Central da Nova Zelândia, um novo corte nas taxas poderia seguir-se, já que a inflação está abaixo do nível alvo de 2%. Os economistas acreditam que o regulador irá baixar sua taxa para 1,25% em agosto de 2019.
Banco Central do Brasil
Há vinte anos, Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central do Brasil, lançou o mecanismo de metas de inflação. Atualmente, em conjunto com outros formuladores de políticas, ele defende a revisão do sistema. Os especialistas são da opinião que o regulador deve monitorar a uniformidade dos ciclos econômicos para reduzir as flutuações. Isso garantiria a estabilidade dos preços, dizem os analistas.
Banco Central da Tailândia
O Banco Central da Tailândia expressou sua disponibilidade para reduzir a meta de inflação de 1% para 4%. O novo nível da meta não entrará em vigor antes do próximo ano. Os especialistas devem levar em conta uma série de fatores, incluindo taxas adicionais de crescimento econômico. Entretanto, eles não descartam um declínio no PIB.
Banco de Gana
Em janeiro de 2019, o governador do Banco Central de Gana, Ernest Addison surpreendeu o mercado com um enorme corte nas taxas de juros. Ele também está pronto para mudar a estratégia atual para atingir uma meta de inflação mais baixa. De acordo com Addison, isto aumentará a competitividade da economia nacional. Em 2007, o Banco Central de Gana tornou-se o segundo na África a lançar o processo de metas de inflação. Desde 2013, o regulador tem trabalhado duro para empurrar a inflação na faixa de 6% a 10%. Em abril de 2019, a inflação do país atingiu 9,5%, o seu nível mais alto do semestre, devido ao declínio no valor da moeda nacional, o cedi ganês.
Banco de Reserva da África do Sul
Em 2018, o regulador sul-africano disse que aprovou uma inflação próxima à média de 4,5%, ao invés de 6% no limite superior. Agora, o South African Reserve Bank pretende alterar a taxa de inflação, o que contraria a meta de 2%. Lesetja Kganyago, a chefe do regulador, acredita que a meta atual pode ser ainda mais baixa. Segundo ele, a decisão anterior sobre a meta varia de 3% a 6% é injustificada. Entretanto, o desejo de manter a inflação próxima ao nível de 4,5% pode desencadear um conflito entre o banco central, os formuladores de políticas e o partido governante.
Banco do Canadá
Em 2016, o regulador canadense adotou a meta de inflação mais ampla entre os países do G7. O banco central do país procura manter um aumento anual nos preços ao consumidor na faixa de 1% a 3%. O padrão atual ainda permanece inalterado, entretanto, houve algumas inovações na política monetária do banco central. Elas incluem três novos indicadores de inflação básica. O mandato do Banco do Canadá será prorrogado em 2021.