FX.co ★ Consequências da reforma do visto H-1B: empresas mais expostas às mudanças de Trump

Amazon

A Amazon é atualmente a maior empregadora de profissionais com visto H-1B nos Estados Unidos, com mais de 10 mil funcionários nesse programa. Essa forte dependência de talentos estrangeiros torna a empresa particularmente vulnerável a novas restrições de imigração. Os trabalhadores H-1B da Amazon atuam não apenas no desenvolvimento de software, mas também em tecnologia de logística e serviços em nuvem. Regras mais rígidas de visto podem resultar em escassez de pessoal e custos adicionais bilionários, especialmente se forem implementadas novas taxas por solicitação de visto.

Tata Consultancy Services

A Tata Consultancy Services (TCS) ocupa o segundo lugar entre as patrocinadoras do visto H-1B, com mais de 5.500 pedidos aprovados. Como a maior empresa de serviços de TI da Índia, a TCS utiliza amplamente o programa para executar projetos nos Estados Unidos. Embora a dependência das empresas indianas em relação ao visto tenha diminuído gradualmente, sua presença ainda é significativa. Apenas no primeiro semestre de 2025, companhias indianas foram responsáveis por mais de 13 mil vistos, o que representa cerca de 13% do total de aprovações. Para a TCS, novas taxas e restrições podem elevar de forma expressiva os custos operacionais de seus projetos no mercado americano.

Microsoft

A Microsoft ocupa o terceiro lugar entre os empregadores que mais utilizam o visto H-1B, com quase 5.200 pedidos aprovados. A empresa há muito tempo prioriza o recrutamento global, atraindo profissionais altamente qualificados para as áreas de engenharia de software, desenvolvimento de produtos e pesquisa e desenvolvimento (P&D). No entanto, as novas reformas no sistema de vistos podem resultar em custos adicionais significativos para a corporação. O aumento das exigências administrativas e de conformidade pode levar a Microsoft a reavaliar suas estratégias de contratação e a distribuição de sua força de trabalho em suas operações nos Estados Unidos.

Meta

Com mais de 5.100 pedidos aprovados, a Meta ocupa o quarto lugar entre os empregadores do programa H-1B. A empresa recruta ativamente talentos internacionais, especialmente nas áreas de inteligência artificial e análise de dados. Essa forte dependência de expertise técnica global torna a Meta particularmente vulnerável ao endurecimento das políticas de visto, uma vez que quaisquer restrições afetam diretamente sua capacidade de expandir iniciativas estratégicas e manter a vantagem competitiva na corrida tecnológica.

Apple

A Apple obteve mais de 4.200 pedidos de visto H-1B aprovados, o que evidencia a alta demanda da empresa por engenheiros de hardware e software. Uma parte significativa desses profissionais contribui para o desenvolvimento de produtos essenciais, que vão de dispositivos móveis a serviços em nuvem. Para a Apple, regras de visto mais rígidas representam mais do que apenas um aumento nos custos de recrutamento: elas podem atrasar processos de inovação que dependem de um fluxo constante de talentos internacionais em engenharia.

Google

O Google ocupa o sexto lugar entre os empregadores H-1B, com mais de 4.100 pedidos aprovados. Profissionais estrangeiros desempenham um papel fundamental no avanço das tecnologias de busca, da infraestrutura em nuvem e das plataformas de inteligência artificial da empresa. O acesso a talentos globais sustenta há muito a estratégia de inovação do Google, mas o aumento dos custos relacionados a vistos e os obstáculos no processamento podem atrasar a aquisição de talentos e representar desafios para o ritmo de desenvolvimento tecnológico da companhia.

Cognizant Technology Solutions

A Cognizant Technology Solutions, formalmente sediada em Nova Jersey, mas com profundas raízes indianas, continua sendo uma das maiores empregadoras de talentos internacionais nos Estados Unidos. Até meados do ano fiscal de 2025, a empresa havia obtido quase 2.500 aprovações de vistos H-1B. Essa forte dependência de profissionais estrangeiros evidencia sua vulnerabilidade a mudanças na política de imigração americana, especialmente nas áreas de consultoria e desenvolvimento de software, que empregam milhares de engenheiros e analistas.