FX.co ★ Os seis maiores escândalos corporativos no Japão
Os seis maiores escândalos corporativos no Japão
Escândalo de gestão Olympus
A Olympus trabalhou como fabricante típico de ótica de alta tecnologia até outubro de 2011, quando Michael C. Woodford se tornou seu diretor executivo.
Ele fez algo que nenhum líder ocidental poderia fazer. Woodford tornou-se o chefe da empresa japonesa, não sendo um japonês. Na época de sua nomeação, Woodford já havia trabalhado na empresa por 30 anos. Mas dois meses depois disso, ele foi demitido.
Woodford havia levantado questões sobre as transações duvidosas da empresa.
O conselho de administração da Olympus há muito tempo havia negado este fato. Mas, no final, a administração reconheceu que tinha perdas ocultas de US$ 1,7 bilhão por mais de 20 anos.
O conselho de administração desistiu e a empresa foi forçada a cortar milhares de funcionários.
Escândalo contábil da Toshiba
De acordo com Nikkei, a Toshiba cometeu erros na gestão dos estoques de armazém de semicondutores discretos que são utilizados em uma ampla gama de produtos eletrônicos.
Em 2012, a Toshiba se reestruturou, resultando no fechamento de três empresas fabricantes de chips. Mas antes disso, a empresa aumentou a produção para manter o fornecimento ininterrupto.
Entretanto, a demanda era baixa, e os produtos ainda não vedidos se acumulavam. Nesses casos, o custo dos inventários deveria ser amortizado. Na esperança de um aumento da demanda, a Toshiba não fez isso. A inação levou a um exagero de dados de lucro.
Investigadores posteriores encontraram evidências diretas de práticas contábeis inadequadas e lucros exagerados em várias unidades de negócios da Toshiba, incluindo a unidade de produtos visuais, a unidade de PC e a unidade de semicondutores.
Devido a erros de cálculo na estimativa do custo de alguns projetos de infraestrutura, a Toshiba anunciou uma revisão dos dados sobre lucro operacional para o período de três anos de 2011 a 2013.
Escândalo do airbag Takata
O fabricante de autopeças esteve no centro do escândalo em 2017 devido a airbags defeituosos que causaram muitos mortos e feridos.
Aproximadamente 100 milhões de carros foram equipados com airbags defeituosos: BMW, Fiat, Mitsubishi, Toyota, Nissan, Mazda e outras marcas.
A explosão de airbags foi associada a pelo menos 23 mortes em todo o mundo, dezenas de feridos de gravidade variada.
O recall de produtos defeituosos foi anunciado. E a Takata sofreu enormes perdas.
A empresa, fundada em 1933, foi forçada a preencher um pedido de falência, e seu chefe foi demitido.
Escândalo da Kobe Steel
A Kobe Steel, o terceiro maior produtor de aço do Japão, entregou seus produtos a empresas que produzem carros, aviões e trens ao redor do mundo. No outono de 2017, a Kobe Steel detectou mais de 700 casos de falsificação de dados sobre produtos de metal. Durante vários anos, a equipe mudou ou criou dados falsos sobre a qualidade de alguns de seus produtos antes de serem enviados.
Este foi um grande golpe para a reputação das empresas industriais japonesas. Os gigantes da fabricação, incluindo a Boeing, Toyota e General Motors, investigaram se eles utilizavam algum dos materiais abaixo do padrão
Dois diretores da empresa, que dirigiam as divisões de alumínio e cobre, estavam cientes da fraude, mas não tomaram nenhuma providência. assim, eles foram demitidos. Hiroya Kawasaki, Presidente do Conselho e Diretor Executivo, também se demitiu.
Escândalo das emissões da Nissan
A Nissan diz ter descoberto dados falsificados de testes de emissões de gases poluentes de automóveis na maioria de suas fábricas japonesas.
Segundo a agência Kyodo, foram revelados casos de falsificação de documentação de quase 1,2 mil carros de vários modelos.
Um porta-voz disse que a empresa identificou 900 casos em que os resultados dos testes não estavam em conformidade de uma forma ou de outra. A montagem de carros foi realizada em cinco fábricas no Japão.
Ao mesmo tempo, a Nissan também confirmou que esta questão não afetava os veículos fabricados fora do Japão e que os carros para o mercado local cumprem plenamente com as atuais normas de segurança.
Prisão de Carlos Ghosn e Greg Kelly
O novo escândalo da Nissan aconteceu em novembro de 2018.
O presidente executivo da Nissan, Carlos Ghosn, e o membro da diretoria Greg Kelly foram presos após terem alegadamente violado a lei financeira japonesa.
O presidente e CEO da Renault-Nissan-Mitsubishi Alliance recebeu um salário de cerca de 10 bilhões de ienes, ou US$ 88,7 milhões, de 2011 a 2015, mas informou apenas metade disso. Ghosn também comprou uma casa de luxo no exterior às custas da montadora.
A Promotoria de Tóquio já realizou buscas no escritório da empresa. Espera-se que Ghosn seja demitido de seu cargo como presidente do conselho de administração.
Durante a abertura das negociações na bolsa de valores em Tóquio, as ações da montadora japonesa Nissan caíram 6,25%.