Ontem, Joe Biden foi empossado, enquanto o dólar americano continuou a cair por três dias consecutivos. Na verdade, essa dinâmica negativa de três dias da moeda nacional se tornou o período de declínio mais longo para este mês. O índice do dólar começou a cair acentuadamente outro dia após o discurso de Janet Yellen no Senado. Isso ocorre porque os investidores consideraram a nomeação de Yellen para secretária do Tesouro como um sinal para a continuação da era de taxas ultra baixas e aumento dos gastos do governo. Assim, o índice do Dólar Spot da Bloomberg caiu 0,3% na quarta-feira.
Por sua vez, o dólar americano recuperou todas as posições conquistadas desde o início de 2021, o que voltou a dar esperanças aos investidores que se perderam nas posições vendidas. Deve-se notar que vender o dólar americano foi uma das estratégias mais populares para o ano corrente, então o mercado tomou as declarações de Janet Yellen como um guia para a ação.
Analistas acreditam que o governo do novo presidente americano Joe Biden não iniciará um enfraquecimento do dólar. Mas, apesar disso, a principal moeda mundial ainda deve continuar a cair. Segundo eles, os favoritos do mercado (euro, moedas commodities e libra esterlina) serão ativos pró-cíclicos em um futuro próximo.
Assim, na quarta-feira, o dólar canadense e a libra esterlina (que testou o nível mais alto desde meados de 2018) assumiram a liderança na alta. Por outro lado, o índice do dólar caiu mais de 5% em 2020 e, hoje, parece que essa tendência está planejando retornar após uma breve correção. De acordo com a Futures Trading Commission, os fundos de hedge aumentaram suas posições vendidas em dólar para uma alta recorde em quase três anos.
Especialistas acham que a declaração de J. Yellen indica que o ministério planeja abandonar a política monetária do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Eles também brincaram que os mercados não dependerão mais das notícias de Trump no Twitter nos próximos anos.
Como resultado, os participantes do mercado reagiram com desconfiança à correção do dólar em meio a juros em ativos de risco e retorno esperado da tendência de baixa após a posse de Biden. É claro que os fundos que compraram o dólar nas correções reequilibram suas carteiras. Portanto, é improvável que possamos falar com segurança sobre mudar a estratégia hoje. No final de 2020 e início de 2021, o mercado apresentava um viés perceptível de posicionamento. Os investidores estavam determinados a vender o dólar, preocupados com sua nova queda. Ao mesmo tempo, não havia previsões inequívocas entre os analistas - alguns presumiram que a moeda dos EUA cairá 20%, enquanto outros foram mais otimistas e esperavam cerca de 10%.
Ao contrário, outros especialistas enfatizaram as estatísticas de aumento de custos e vacinação ativa da população contra a COVID-19. Esses importantes indicadores devem impactar positivamente as perspectivas de recuperação da economia americana, que pode dar sustentação ao dólar.
