Os mercados globais continuam a flutuar nervosamente em meio às estatísticas econômicas conflitantes dos Estados Unidos. Em primeiro lugar, e em alguns aspectos já igual à economia chinesa, a americana ainda mostra uma perspectiva inequívoca de recuperação e, em seguida, de crescimento.
Dos dados positivos divulgados na última quinta-feira (27), devemos destacar a publicação do número de pedidos iniciais de subsídio de desemprego, que diminuiu para 406 mil contra a previsão de 425 mil, e curiosamente, os valores anteriores também foram revistos para baixo para 444 mil. Na verdade, todo o otimismo quase termina. Ao mesmo tempo, o valor do PIB para o primeiro trimestre manteve-se no mesmo patamar até a revisão final - 6,4% contra a projeção de crescimento para 6,5%. E embora as encomendas de bens duráveis tenham subido para 1,0% em abril contra os 0,8% esperados, elas ainda ficaram significativamente abaixo dos números de março, e até revisadas para 3,2%. O índice de vendas não concluídas do mercado imobiliário, que caiu 4,4% em abril ante a projeção de crescimento de 0,8%, também acrescentou negatividade.
Tudo isso indica que todas as projeções de uma recuperação mais ativa da economia dos Estados Unidos diante da pandemia que ainda persiste não estão se concretizando. No início do inverno, o Fed e o Tesouro dos EUA previram um forte crescimento econômico, acompanhado por uma inflação em alta. Até o momento, observa-se apenas o efeito deste último fator, mas o crescimento da economia ainda está longe do esperado. No entanto, acreditava-se que a América estaria no caminho do crescimento econômico sustentável até o verão.
Quais são os motivos que dificultam esse processo?
São vários, mas serão destacados dois motivos principais - a pandemia de COVID-19 que não perdeu a força, e, apesar da vacinação em massa da população do país, continua a ser o mais importante regulador de processos na economia nacional, e a corrupção da população dos Estados Unidos por grandes medidas de apoio, o que levou ao fato de que um número significativo da população ativa empregada em empregos mal remunerados passou a preferir não trabalhar e viver dos benefícios do governo. É por isso que não estamos vendo um aumento do emprego, o que gerou problemas na economia dos Estados Unidos.
O mercado de ações dos EUA como um todo subiu na quinta-feira. Os investidores visivelmente preferem ações de empresas de crescimento de longo prazo que tiveram problemas durante a pandemia. Esperamos que esse processo continue.
Quanto ao mercado de câmbio, o dólar americano está sendo negociado contra as principais moedas em diferentes direções. Acreditamos que não há necessidade de dizer que a situação está começando a diferir significativamente da semana passada. O principal motivo da consolidação do dólar norte-americano é a expectativa de publicação dos números do emprego na próxima semana, o que pode lhe dar impulso positivo e negativo.
Previsão para o dia:
O par EUR / USD permanece em uma tendência ascendente de curto prazo, mas mostra todos os sinais do início da consolidação em antecipação aos dados de emprego nos EUA da próxima semana. Acreditamos que se o par se mantiver acima de nível 1,2160, ele se consolidará no intervalo 1,2160-1,2265.
O par GBP / USD também está se consolidando na faixa de 1,4100-1,4225, onde pode ficar hoje. Podemos comprar o par quando ele estiver em queda, com possível crescimento para 1,4225 e depois para 1,4300.
